O Mercado Pago, banco digital do Mercado Livre, recebeu aprovação do Banco Central (BC) para ter a própria distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM). A autorização está na edição desta segunda-feira (30/9) do Diário Oficial da União. O capital social da nova instituição é de R$ 4,5 milhões.
Em nota ao Finsiders Brasil, o Mercado Pago informa que a licença foi solicitada em 2022. O objetivo é obter “maior flexibilidade” na oferta de produtos e serviços de investimentos. Hoje, o banco digital atua em conjunto com a Nikos DTVM, lançada este ano por ex-sócios da Órama, plataforma comprada no ano passado pelo BTG Pactual. De acordo com o Mercado Pago, a parceria comercial continua valendo.
Atualmente, o aplicativo do Mercado Pago permite ao usuário investir a partir de R$ 1. O portfólio de aplicações financeiras inclui Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), além de fundos de investimento. Nos últimos meses, em um esforço para fisgar novos clientes e captar depósitos, a fintech vem aumentando a remuneração dos papéis, principalmente do CDB.
Um dos maiores bancos digitais do Brasil, o Mercado Pago atua hoje no País com duas licenças junto ao BC: instituição de pagamento (IP) e financeira (denominada Mercado Crédito). Agora, com a DTVM, a empresa segue um caminho também adotado por alguns de seus concorrentes nos últimos anos. O Nubank, por exemplo, comprou a Easynvest (atual NuInvest). Já o PicPay absorveu a plataforma Liga Invest, hoje PicPay Invest.