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Saem regras para a 2ª fase do Piloto Drex; BC quer simplicidade de uso

Segundo o coordenador do projeto no Banco Central, Fábio Araújo, Drex deve ser moeda digital segura e simples de usar

Fabio Araujo/BC
Fabio Araujo/BC | Imagem: Divulgação

O Banco Central (BC) abriu as inscrições para a segunda fase do Piloto Drex. Atualmente existem 16 consórcios e 13 temas selecionados. O objetivo do piloto é testar as possibilidades e vantagens da tokenização do mercado financeiro brasileiro.

A Resolução BCB 423/2024 estabeleceu regras e procedimentos para a chamada pública e confere ao Comitê Executivo de Gestão (CEG) do Piloto Drex as competências necessárias para a seleção.

As inscrições vão de 14/10 a 29/11. “Vale destacar que não há limitação inicial na quantidade de casos de negócio que vão para a fase de testes no Piloto Drex. Assim, o número de propostas selecionadas será determinado diante do conjunto de inscrições recebidas e considerando a capacidade técnica e operacional do BC”, disse o BC, em comunicado.

Simplicidade do Drex

“O BC está focado em desenvolver uma moeda digital que não apenas ofereça segurança e conformidade regulatória, mas que também simplifique a vida dos usuários, facilitando o acesso e uso cotidiano”, disse Fábio Araújo, coordenador do projeto piloto do Drex do BC, durante o evento Fraud Day 2024, realizado na terça-feira (8/10).

“Apesar do Brasil já contar com o Pix, um dos sistemas de pagamento instantâneo mais avançados do mundo, o Drex pode resolver problemas específicos, como a interoperabilidade de ativos digitais e transações entre diferentes plataformas, incluindo imóveis, automóveis e ativos financeiros. “A moeda digital precisa ser capaz de realizar pagamentos offline, uma questão de cidadania, garantindo o acesso ao dinheiro mesmo sem conectividade”.

Durante sua apresentação, Fábio abordou ainda a importância da interoperabilidade do Drex com sistemas internacionais e o papel do Brasil, que preside o G20 em 2024, na condução de estudos sobre a liquidação de ativos digitais e o desenvolvimento de uma rede global de pagamentos rápidos. “Esses esforços buscam assegurar que o Drex não apenas funcione dentro das fronteiras brasileiras, mas também se integre ao cenário financeiro global, permitindo transações internacionais mais rápidas e eficientes.”