Uma sacada de marketing – ser uma ‘fincare’ em vez de mais uma fintech – e o N26, banco digital que nasceu na Alemanha há 10 anos, finalmente decidiu desembarcar no Brasil. Era 2022 – eles já tinham licença para operar aqui desde 2020.
Além de se diferenciar da concorrência, o conceito de fincare também é embasado por uma sólida estratégia de negócios: como os outros, o N26 não cobra tarifas, sua receita vem de empréstimos e tesouraria. Mas em breve vai migrar para um modelo “fremium”, em que cobrará dos heavy users. “Acreditamos que quando o cliente está realmente satisfeito e a solução é realmente útil para ele, ele aceita pagar. Nosso objetivo é criar uma solução que 100 milhões de pessoas no mundo vão amar usar “, diz o CEO Eduardo Prota, nesta entrevista exclusiva para o canal no Youtube do portal Fintechs Brasil.
A fintech chegou com o propósito de colocar em prática um programa batizado de Insiders. O programa convida os clientes a “cocriar” com o banco as soluções para sua vida financeira. Hoje, um ano depois, eles têm 10 mil usuários – e outros 300 mil na fila. “As soluções são fruto de debates e reuniões online, onde os clientes dão sugestões e levantam questões a melhorar. No fim, teremos um produto tropicalizado para o brasileiro, com a experiência de 10 anos do N26 lá fora”, diz.
Em um ano, foram 8678 fóruns criados, 18400 comentários, 70 mil votos, 29 atualizações no app, 123 features criados com base nos feedbacks dos insiders e mais de 200 mentorias com conselhos financeiros.
Prota diz, ainda, que a ideia de ajudar a melhorar a relação das pessoas com o dinheiro é algo que a primeira geração de fintechs no Brasil não se especializou: “Elas resolveram muito bem a relação das pessoas com o banco – ficou mais fácil e b arato abrir conta, pedir empréstimos, investir – mas nós queremos ir além”.
Nesta entrevista, Prota revela quais os produtos e serviços que foram cocriados e já estão em operação. Assista!