Pagar é a parte com mais fricção – a melhor parte é comprar. Uma boa jornada de compra tem sido fundamental para as empresas conquistarem e manterem seus clientes, seja online ou offline.
“Se a experiência de pagamento é positiva, você conquista a confiança do cliente. Isso é essencial para que ele retorne e se torne fiel à marca”, disse Marcella Calfi, gerente de Marketing da Zoop, durante sua apresentação no palco VIP do RD Summit.
A Zoop, líder em embedded finance no Brasil e parte do grupo iFood, aposta no poder do tap to pay. A tecnologia que transforma celulares em maquininhas ganha relevância como aliada da experiência do cliente e praticidade para quem vende. Uma pesquisa realizada em outubro pela PiniOn a pedido da Zoop mostra que 50% dos brasileiros já utilizaram a tecnologia de tap to pay em transações, um aumento de quatro pontos percentuais em relação a maio.
“O tap to pay é uma tecnologia sustentável. Com ela, o empreendedor não precisa mais comprar um terminal POS, o que já foi caríssimo no passado. E ainda reduz a produção de lixo eletrônico”, afirmou Marcella.
Sem filas
A Zoop é a fintech por trás do tap to pay oferecido pelo Nubank aos seus clientes. A tecnologia também permite que os próprios vendedores recebam pagamentos nas lojas físicas de grandes varejos, otimizando as filas para pagamento.
Uma pesquisa da McKinsey citada por Marcella aponta que melhorar a qualidade da experiência do cliente pode aumentar a receita dos negócios em 15%. Além disso, 73% das empresas que obtêm notas acima da média em índices de satisfação apresentam um faturamento 44% maior que o de seus concorrentes.
O tap to pay atende à necessidade de simplicidade e agilidade. “Hoje, ninguém quer enfrentar fila. No Brasil, já não faz mais sentido ter filas para pagamento. O cliente quer resolver a compra rapidamente, com o mínimo de atrito”, ressaltou Marcella.
Sem contato
Atualmente, 72% dos brasileiros preferem pagamentos sem contato, com maior adesão entre os jovens. Apesar disso, 78% das transações ainda são realizadas com cartões físicos, embora 30% já sejam feitas com cartões embarcados em celulares.
A executiva listou três tendências de pagamento: a convergência entre online e offline (unified commerce); investir em infraestrutura de pagamentos escalável; e oferecer ao cliente os meios de pagamento preferidos por eles.
Essa abordagem alinha-se ao movimento de digitalização, impulsionado pelo Banco Central e pela crescente popularidade do Pix. “O Pix já é o meio de pagamento preferido dos brasileiros e tem ajudado a reduzir o uso de dinheiro em espécie”, disse Marcella.
“Ter meios de pagamento que correspondam às expectativas do cliente é fundamental. Se ele prefere pagar com Pix, a empresa deve oferecer essa opção. O mesmo vale para cartões e outros métodos”, afirmou. “Estudar o comportamento do cliente e implementar estratégias que garantam uma jornada de pagamento sem fricção é essencial para o sucesso.”