Em apenas um ano, o Brasil se consolidou como o segundo maior mercado global para o Click to Pay da Mastercard. A informação foi dada por Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil, durante conversa com jornalistas nesta quinta-feira (20). O recurso permite pagamentos online sem a necessidade de inserção manual dos dados do cartão. Assim, oferece uma experiência semelhante ao pagamento por aproximação, mas aplicada ao e-commerce. “A adoção dessa tecnologia no Brasil superou nossas expectativas. É uma solução que traz mais conveniência e segurança para os consumidores e ajuda os lojistas a aumentarem suas conversões”, afirmou.
Entre os exemplos de empresas que já utilizam o Click to Pay da Mastercard, Marcelo citou Sympla, Arcos Dorados (dona do McDonald’s), Habib’s, Bemobi, Carrefour, Livelo, Ingresso.com e Pague Menos. Segundo ele, na Sympla, 80% das transações Mastercard já são via Click to Pay. A startup de ingressos obteve aumento de 7% na conversão em relação à entrada manual do número do cartão e uma redução de 22 segundos no tempo de checkout. “No Habib’s, a receita de e-commerce cresceu 10%, e a conversão aumentou em 2%. Na Livelo, durante uma campanha promocional, 45% das transações foram de novos clientes. O ticket médio das compras via Click to Pay foi quase 8 vezes maior”, revelou.
Sem números nem senhas
Segundo Marcelo, o Click to Pay é parte do pilar digitalização, um dos três da estratégia da Mastercard para o futuro, além de análise de dados e segurança. Na análise de dados, a empresa oferece ferramentas que ajudam clientes a tomarem decisões mais assertivas. Uma delas é Decision Intelligence Pro, que usa Inteligência Artificial para aumentar a taxa de aprovação de compras e reduzir fraudes. No quesito Segurança, a Mastercard investe em tecnologias como o Passkey. O sistema elimina o uso de senhas em pagamentos digitais por meio de biometria facial ou digital.
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A Mastercard tem apostado em outras tecnologias que tornam as transações mais seguras e ágeis, como a tokenização. Atualmente, 40% das operações da empresa no Brasil já utilizam essa tecnologia, mas a meta é alcançar 100% até 2030. Globalmente, a Mastercard tokenizou cerca de 4 bilhões de transações por mês em 2024, um aumento de 40 vezes nos últimos seis anos.
Com a tokenização, os tradicionais 16 dígitos do cartão vão ser substituídos por códigos digitais exclusivos. Aliado a isso, a empresa também pretende abolir o uso de senhas, migrando para a autenticação biométrica. “Nossa visão para 2030 é um mundo sem senhas, onde a autenticação será rápida e sem atrito. Essa combinação de tokenização e biometria vai trazer muito mais segurança e facilidade para as transações”, explicou Marcelo.
Aposta no B2B
Assim como a Visa, sua principal concorrente, a Mastercard também pretende ampliar sua atuação no segmento B2B, oferecendo soluções para empresas que enfrentam desafios na conciliação de faturas e pagamentos. “Nosso objetivo é simplificar o processo para as empresas, trazendo mais eficiência e controle. Estamos desenvolvendo soluções que permitem uma melhor gestão financeira, com ferramentas que integram faturamento, pagamentos e conciliação de maneira automatizada”, destacou o presidente da Mastercard Brasil.
Além disso, a empresa aposta em cartões corporativos digitais com funcionalidades como limites personalizados e controle granular das transações. “Os cartões virtuais oferecem mais segurança e permitem uma gestão mais eficiente dos gastos corporativos, o que é especialmente valioso para pequenas e médias empresas”, completou o executivo.
