
A plataforma digital de investimentos Warren, com sede em Porto Alegre, confirmou ao Finsiders Brasil que desligou 40 funcionários. Em nota, a corretora disse que o movimento é uma revisão de estratégias e processos, em busca de eficiência. Ao mesmo tempo, afirmou que o corte não impactará o crescimento em 2025.
A notícia do corte em massa circulou nesta quarta-feira (9/4) em grupos de WhatsApp. A reportagem procurou três dos demitidos e um ex-funcionário mais antigo, mas não teve retorno.
Segundo a fonte que divulgou a informação mas não se identificou, no início deste ano os dirigentes “definiram metas fortes de growth, crescer em clientes de baixo patrimônio. Não se sabe o motivo do corte, se é interno, ou influenciado por fatores macro”.
Leia a seguir a nota oficial:
“É parte da rotina da Warren rever estratégias e processos e, como empresa de tecnologia, buscar inovações e eficiência em sua atuação. Dessa forma, confirmamos que eliminamos posições em diversas áreas, o que não impacta as nossas expectativas de crescimento para 2025. Agradecemos a dedicação e as contribuições dos profissionais que fizeram parte dessa jornada e seguimos comprometidos em oferecer produtos financeiros de excelência, gestão patrimonial conduzida pelos melhores especialistas do mercado e um modelo alinhado aos interesses de nossos atuais e futuros clientes.”
A Warren também negou a mudança de estratégia de público alvo para clientes com patrimônio mais baixo.
Replay
A Warren havia demitido 60 funcionários em agosto de 2022, seis meses após “comprar” toda a equipe de mais de 40 pessoas da área de tecnologia da sim;paul. E pouco mais de um mês depois que a fintech havia anunciado uma extensão da Série C, em um aporte liderado pelo Citi Ventures e acompanhado pelos atuais investidores QED Investors, Kaszek e GIC. Na época, a Warren citou uma “reestruturação” para que a empresa fique “ainda mais eficiente”.
Em janeiro deste ano, o jornal Valor Econômico noticiou a compra da corretora mineira Amaril Franklin. Na época, o CEO disse que, para instituições fora do eixo “Faria Lima”, como a Warren, a presença física – com direito a cafezinho e olho no olho – era importante para crescer.