
A norte-americana Global Payments, uma das maiores processadoras de pagamentos do mundo, anunciou nesta quinta-feira (17/4) a aquisição da concorrente Worldpay, do fundo de Private Equity GTCR e da Fidelity National Information Services (FIS). A empresa também informou que fechou um acordo para vender sua divisão de soluções para emissores, a Issuer Solutions, para a própria FIS.
A compra da Worldpay totalizou US$ 24,25 bilhões. A cifra inclui um preço líquido de compra de US$ 22,7 bilhões e US$ 1,5 bilhão em ativos fiscais antecipados. A operação envolveu dinheiro e troca de ações. Pelo acordo, a GTCR receberá ações da Global Payments, passando a deter cerca de 15% da empresa combinada. A venda da Issuer para a FIS, por sua vez, saiu por US$ 13,5 bilhões.
Quase US$ 4 tri
Com a aquisição da Worldpay, a Global Payments passará a processar anualmente US$ 3,7 trilhões em cerca de 94 bilhões de transações. A base total chegará a mais de 6 milhões de clientes em mais de 175 países. No comunicado, a empresa diz que o negócio amplia sua capacidade de atender ao crescente mercado de e-commerce e pagamentos integrados. Ao mesmo tempo, reforça sua atuação junto a parceiros de software e plataformas.
“A aquisição da Worldpay e a venda da Issuer Solutions reforçam ainda mais nosso foco estratégico e simplificam a Global Payments como uma empresa dedicada exclusivamente a soluções para comerciantes, com capacidades significativamente ampliadas, escala extensa, maior acesso ao mercado e um perfil financeiro aprimorado”, disse Cameron Bready, CEO da Global Payments, no comunicado.
As empresas combinadas projetam para 2025 uma receita líquida ajusta anual de US$ 12,5 bilhões e um Ebitda ajustado de cerca de US$ 6,5 bilhões. Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – mede o potencial de geração de caixa operacional. Além disso, as empresas estimam uma sinergia anual de US$ 800 milhões ao longo dos três anos seguintes ao fechamento do negócio. O valor considera economia de custos operacionais e crescimento de receita.
As transações estão sujeitas à obtenção das aprovações regulatórias necessárias e outras condições habituais de fechamento, com previsão de conclusão na primeira metade de 2026.
Capítulo à parte
A Global Payments desembarcou no Brasil em 2011. Por aqui, a operação chegou a ter 1,5% de market share, mas vinha perdendo volumes até ser vendida, em janeiro de 2022, para a Entre Investimentos, de Antonio Freixo, o “Mineiro”.
Antes da compra pela Entre, a empresa pertencia à Global Payments South America que, por sua vez, tinha como sócios a companhia norte-americana, o banco espanhol La Caixa e o mexicano Inbursa. O Banco Regional de Brasília (BRB) tinha uma fatia minoritária.