O Banco Central soltou hoje (31/5) mais um “spoiler” do seu Relatório de Economia Bancária, que será divulgado no dia 6/6. Desta vez, foi um estudo sobre a evolução dos meios digitais de pagamento no Brasil. O destaque, claro, foi o PIX, que já representa 30% do total – cartão de crédito doi o segundo mais usado. Os dados são de 2022.
“A evolução da quantidade de transações por meio do Pix demonstra que esse instrumento teve importante papel no significativo aumento na quantidade de transações do ecossistema de pagamentos como um todo, proporcionando a participação de pessoas que nunca haviam realizado transferências. Em apenas dois anos de operação, o Pix tornou-se o instrumento com maior quantidade anual de transações”, disse em nota Angelo José Mont Alverne Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC.
De acordo com o estudo, observam-se três momentos distintos no uso de meios digitais para pagamentos no país – e o PIX faz parte da terceira, de 2021 para cá, quando a quantidade de transações per capita cresceu exponencialmente, e o crescimento relativo do volume financeiro transacionado continuou.
“O baixo custo e a facilidade de uso, entre outros fatores, amplificaram a velocidade de adoção do Pix, e tanto seu uso quanto o dos cartões (especialmente o pré-pago) nas transações de valor mais baixo indicam seu papel importante na inclusão financeira”, diz.
Os dados mostram, ainda, que desde 2016, quando nasceu a primeira Instituição de Pagamento, o BC já autorizou mais 73 a funcionar – 37 somente no ano passado.
No mesmo período, o percentual da utilização do telefone celular para a realização de transações financeiras saltou de 9% para 79%, enquanto, no mesmo intervalo, as operações por canais presenciais caíram de 53% para 5%, e por Internet Banking, reduziram de 38% para 16%.