A Mastercard anunciou nesta terça-feira (29/4) um investimento de US$ 300 milhões na unidade de negócios de pagamentos corporativos cross-border (transfronteiriços) da Corpay. Antiga Fleetcor, no Brasil a holding norte-americana é dona, por exemplo, do Sem Parar.
O acordo prevê a compra de uma participação minoritária de aproxidamente 3%. A operação avaliou a Corpay em US$ 10,7 bilhões, com um múltiplo de 20 vezes o Ebitda projetado. Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – mede o potencial de geração de caixa operacional.
Em comunicado, a Mastercard informou que o negócio é uma ampliação da parceria estratégica com a Corpay. O objetivo é fortalecer e diversificar as soluções de pagamentos corporativos internacionais, oferecidas a instituições financeiras e seus clientes.
Pelo acordo, a Corpay será a fornecedora exclusiva de soluções de gestão de risco cambial e de pagamentos internacionais de alto valor para clientes institucionais da Mastercard. Além disso, a parceria que as empresas já têm em cartões virtuais será ampliada. E o serviço Mastercard Move, com foco em remessas e pequenos pagamentos, passará a atender pequenas e médias empresas em novos mercados, incluindo a base de clientes da Corpay.
Pagamentos B2B
“Nosso trabalho com a Corpay expande nosso alcance no grande e crescente espaço de pagamentos B2B [entre empresas] transfronteiriços”, afirmou Raj Seshadri, diretora de Pagamentos Comerciais da Mastercard, no texto. “Acreditamos que o apoio da Mastercard vai acelerar ainda mais o crescimento de nossas receitas junto às instituições financeiras”, disse Ron Clarke, chairman e CEO da Corpay, no comunicado.
As bandeiras de cartões, incluindo a Mastercard e sua concorrente direta Visa, vêm lançando mão de diversas iniciativas nos últimos anos para avançar nas transações B2B. O negócio anunciado hoje é mais um movimento nessa direção. De acordo com o Goldman Sachs, globalmente o comércio entre empresas movimenta 10 vezes mais do que o mercado B2C. A previsão do banco norte-americano é que o B2B ultrapasse US$ 200 trilhões até 2028.