CRÉDITO

Portabilidade do consignado CLT é adiada para 'homologação final' da plataforma

Programa, batizado de Crédito do Trabalhador, atingiu R$ 10,1 bilhões em empréstimos aprovados e 1,8 milhão de trabalhadores

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Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego | Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

A portabilidade do novo consignado privado, chamado de Crédito do Trabalhador, teve sua implementação adiada para o dia 16/5. A novidade, prevista inicialmente para 6/6, havia sido antecipada para 6/5, conforme mostrou reportagem do Finsiders Brasil. Porém, agora o Governo Federal decidiu ampliar o prazo. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o motivo foi permitir a homologação final da operação na plataforma do programa, em conjunto com a Dataprev e as instituições financeiras envolvidas.

Com pouco mais de um mês de funcionamento, o programa atingiu R$ 10,1 bilhões em empréstimos, e cerca de 1,8 milhão de trabalhadores. A média por contrato é de R$ 5.434, com parcelas mensais de R$ 327 em prazos de aproximadamente 17 meses.

Atualmente, segundo o MTE, há 35 instituições financeiras executando a linha, o que representa metade das mais de 70 já habilitadas. Do montante total de R$ 10 bilhões em empréstimos, o Banco do Brasil (BB) soma R$ 2,7 bilhões.

Queda de juros

A portabilidade permitirá que trabalhadores migrem suas dívidas para outras instituições que ofereçam juros menores. E deve funcionar como para ampliar a concorrência e reduzir o custo do crédito.

Ao permitir que um trabalhador leve sua dívida para outro banco, abre-se a possibilidade real de competição pelas menores taxas — inclusive entre bancos menores e fintechs, que até agora vinham atuando com cautela, sobretudo no chamado “mar aberto” do app da Carteira de Trabalho Digital.

“A portabilidade favorecerá o trabalhador, porque a instituição financeira poderá perder o empréstimo para outro banco, se não oferecer taxas de juros melhores”, afirmou o ministro Luiz Marinho, em nota.

Com o avanço das funcionalidades, o governo estima que o programa possa alcançar R$ 120 bilhões em operações no primeiro ano.