“Podem nos provocar a vontade, mas nós bancos não vamos sair de cena”. A frase foi dita agora há pouco por Isaac Sidney, presidente da Febraban, na abertura da 33a. edição do Febraban Tech (antigo Ciab), evento de inovação e tecnologia bancária.
“Players digitais que surgiram do nada se intitulando modernos, mais baratos e inovadores, se referem a nós em um tom de demérito e não raramente acusatório. Mas nós bancos não nascemos agora e não atuamos fazendo marketing e publicidade. Temos muito orgulho de sermos o que sempre fomos, tradicionalmente inovadores”.
O discurso revela não apenas a necessidade dos bancos de contra-atacar (e de se defender), mas de tentar ressaltar o papel social dos bancos e tranquilizar os clientes. “Na pandemia, apoiamos pessoas e empresas concedendo mais de R$ 10 trilhões em empréstimos”.
“Se nós estamos aqui há mais de três décadas realizando este evento é porque nós sempre estivemos celebrando aquilo que é muito caro para nós a modernidade e a inovação. Mas temos também que celebrar aquilo que nós oferecemos para nossos clientes: segurança e confiança em sua plenitude”. disse, dizendo novamente que os novos entrantes não têm história – ao contrário dos bancos: “É isso que nos dá bases sólidas, presença física em todos os Estados do nosso País; nós fazemos parte da vida de gerações de brasileiros”.
Para Sidney, o futuro dos bancos tradicionais será resultado de uma equação que envolve muito trabalho e não envolve aventura; envolve intensidade e não apenas circunstâncias; mais foco e menos foto, mais ações concretas e menos falatório: “A pegada tecnológica dos bancos está em todo lugar; nós temos mais de 18 milhões de clientes, meio milhão de bancários e mais de 18 mil agências físicas; somos versáteis e plurais, somos presentes para quem precisa de amparo e somos virtuais para quem quer. Não estamos apenas no 0800 e nos links e aplicativos dos players digitais”.
Antes de entrar no tema do evento, “A bioeconomia e as oportunidades da sociedade digital”, o presidente da entidade reforçou que “nós, os bancos” vamos continuar cuidando das finanças de cada um dos brasileiros, dos investimentos, dos pagamentos das contas dos contratos e de vários serviços financeiros: “As transformações digitais vão continuar e eu considero que serão os bancos aqueles que irão consolidar esse processo de inovação. A tecnologia só faz sentido se vier a serviço da sociedade”.
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