ALÉM DAS AÇÕES

B3 compra fintech de pagamentos Shipay por R$ 37 milhões

Negócio reforça a "estratégia de posicionamento como solução de infraestrutura na jornada de crédito", disse a B3 em comunicado

Pagamentos e transferências
Pagamentos e transferências | Imagem: Adobe Stock

A B3 anunciou na noite desta terça-feira (26/8) a compra do controle da Shipay, especializada na integração de soluções de pagamentos digitais. A dona da bolsa de valores brasileira está adquirindo 62% da fintech por R$ 37 milhões. De acordo com comunicado ao mercado, o negócio inclui a possibilidade de compra do percentual restante até 2030. O valor, nesse caso, estará “sujeito ao atingimento de determinadas metas”.

Criada em 2020, a Shipay atua como um hub de integração de soluções de pagamentos. A fintech tem como fundadores Luiz Coimbra, ex-superintendente de cartões do Itaú Unibanco, e Charles Hagler, ex-diretor da Embraer e da Totvs. E chegou a receber um aporte de Laércio Cosentino, fundador da Totvs, e João Augusto Valente, mais conhecido como Guga Valente, fundador do grupo de comunicação ABC.

Novos mercados

A B3 já era parceira da Shipay no desenvolvimento de tecnologias de pagamentos. De acordo com a empresa, a operação reforça a estratégia de posicionamento como solução de infraestrutura na jornada de crédito. O foco está no “desenvolvimento de produtos e serviços para o novo mercado de registro de duplicatas escriturais”.

A compra da Shipay é mais um movimento da B3 para ir além do tradicional mercado financeiro – ações, opções, commodities etc. Em sua estratégia de diversificação dos negócios, a dona da bolsa brasileira busca avançar em searas como crédito, sendo infra para o promissor mercado de duplicatas escriturais, prestes a ser destravado.

Em pagamentos, a B3 tem autorização para operar como Iniciador de Transação de Pagamento (ITP) via Pix no Open Finance desde setembro de 2024.

A transação entre B3 e Shipay depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) e do cumprimento do requisito regulatório de notificação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informou a B3 no comunicado.