
Durante muito tempo, oferecer crédito era exclusividade de bancos e financeiras. Com o avanço das plataformas de Credit as a Service (CaaS), setores como a indústria, atacado, varejo, serviços e agronegócio podem operar suas próprias linhas de crédito. E o melhor: sem precisar construir uma operação do zero.
A oferta de crédito deixou de ser apenas um serviço financeiro. Ela se tornou uma estratégia de crescimento, fidelização e monetização para empresas que desejam ampliar suas receitas e fortalecer o relacionamento com clientes e parceiros. E, nesse novo cenário, o CaaS é o motor dessa transformação.
“Muitas empresas já têm tudo o que precisam para operar com crédito — base de clientes, dados, fluxo de caixa, relacionamento. O que faltava era uma estrutura confiável, rápida e segura para ativar esse potencial”, explica Leonardo Biondo, executivo responsável por Receitas (Chief Revenue Officer) de CaaS da Serasa Experian.
A revolução do ‘Credit as a Service’
É neste cenário que o CaaS surge, permitindo que empresas não financeiras se transformem em “fintechs de crédito” sem a complexidade regulatória e operacional do setor.
O conceito é simples, mas poderoso: em vez de construir uma operação de crédito do zero, empresas podem contratar uma infraestrutura completa como serviço. A solução vai desde análise de risco e aprovação automatizada até formalização de contratos e cobrança.
Leonardo explica que “muitas empresas têm uma mina de ouro escondida em seus dados e não sabem. Informações que usam para seu core business poderiam ser exploradas no crédito e maximizar o retorno”.
Democratização do acesso ao crédito
De acordo com dados da Febraban, o Brasil possui mais de 150 milhões de pessoas com acesso ao sistema financeiro formal. No entanto, apenas 40% têm acesso adequado ao crédito. Essa lacuna representa uma oportunidade de mais de R$ 2 trilhões em operações de crédito que poderiam ser democratizadas com soluções inovadoras, espaço que começa a ser ocupado por empresas não bancárias.
Entre as modalidades que ampliam o acesso de consumidores e empresas ao crédito, algumas já estão bem estabelecidas no mercado. Por exemplo:
- Buy Now, Pay Later (BNPL): ideal para e-commerces e varejistas, permite que consumidores comprem agora e paguem depois, diretamente no check-out. É, assim, uma alternativa ao cartão de crédito, especialmente a pessoas desbancarizadas.
- Antecipação a fornecedores: também conhecido como risco sacado, fortalece relacionamentos B2B com a antecipação de recebíveis aos seus fornecedores.
- Crédito com garantia de recebíveis: mais conhecido como crédito fumaça, é ideal para empresas que fazem repasses frequentes, usando os pagamentos futuros como garantia na oferta de taxas mais competitivas.
- ‘Crédito do Trabalhador‘: permite o uso do consignado privado como meio de pagamento direto no check-out de canais físicos e digitais, com desconto direto em folha.
“Pela primeira vez, o consignado privado pode ser usado como forma de pagamento. Com essa solução inédita que chega ao portfólio da Serasa Experian, o mercado pode aumentar as vendas com baixo risco”, destaca Leonardo.
Vale ressaltar que o CaaS oferece flexibilidade para implementar as soluções individualmente, de acordo com a necessidade de cada empresa.
Nova fonte de receita em diferentes modelos
Se a oportunidade está na base de dados existente, esses três casos de uso ilustram as possibilidades na prática:
1 – Atacadistas conhecem o padrão de compra dos seus clientes e podem oferecer uma linha de crédito, como o financiamento de vendas. Dessa forma, geram receitas adicionais com as taxas da operação financeira.
2 – Indústrias podem antecipar o pagamento de duplicatas aos seus fornecedores, com taxa de desconto e aumento da rentabilidade.
3 – Marketplaces têm o histórico de recebíveis dos sellers e podem oferecer o crédito fumaça, com taxas mais competitivas e garantia de pagamento com desconto nos repasses. Ainda, podem oferecer crédito pessoa física (PF) de acordo com o comportamento dos consumidores.
Ou seja, o crédito não é mais um território restrito às instituições financeiras. Essa fronteira foi derrubada por modelos CaaS como o da MOVA, solução Credit as a Service da Serasa Experian.
Com uma plataforma 100% digital, estrutura tecnológica, regulatória e operacional completa, integração via API ou white label (com a marca do parceiro), inteligência analítica, motor de decisão, e em compliance com as exigências do Banco Central, empresas não bancárias pode se tornar verdadeiras “fintechs de crédito”.
Tudo isso de forma descomplicada, rentável, segura e sem tirar o foco do negócio principal.
Aqui fica uma sugestão: se o seu negócio atua na indústria, atacado, varejo, serviços ou outro segmento, montar uma operação de crédito com o modelo CaaS permite gerar uma nova fonte de receita, assim como aumentar as vendas do negócio principal e fidelizar clientes/fornecedores, criando barreira de entrada à concorrência.