
A startup Telepatia AI, incubada na Universidade de Stanford, em Palo Alto, chega ao Brasil após receber um aporte de US$ 9 milhões. A rodada seed teve a liderança do fundo de Venture Capital norte-americano A-Star. Participaram do aporte Canary, Picus Capital, Abstract VC e SV Angel.
Com o investimento, a Telepatia traz ao País sua Inteligência Artificial (IA) que serve como copiloto em consultas, um AI Doctor criado por médicos para médicos. A ferramenta transcreve a conversa com o paciente e auxilia o médico com preenchimento inteligente do prontuário. Além disso, aponta os melhores protocolos de diagnósticos e exames para cada caso.
No Brasil, a ideia é firmar parcerias com operadoras de saúde verticalizadas (que têm rede própria), grandes hospitais e médicos. O objetivo da Telepatia é chegar em 20 mil médicos brasileiros até o fim de 2026, e estar nas mãos de todo médico brasileiro até 2030. “Queremos ser uma ferramenta de apoio aos médicos brasileiros, melhorando a eficiência da saúde e trazendo um impacto positivo para o paciente que está recebendo o cuidado”, diz Nicolas Abad, CEO da Telepatia.
Benefícios
Ao auxiliar médicos em funções burocráticas, a Telepatia ajuda a reduzir a sobrecarga de profissionais de saúde e permite que mais tempo e atenção sejam dados ao cuidado com o paciente. Na Colômbia, onde a Telepatia está presente em 9 dos 10 principais hospitais, a experiência registrou um aumento de 84% para 99% de aderência a protocolos institucionais pelos médicos. Além da Colômbia, a solução está sendo utilizada por médicos na Argentina, México e Espanha. Ao todo, já foram impactados 2 mil médicos e mais de 100 mil consultas.
“Queremos mitigar erros e pedidos desnecessários de exame. Sabemos que eles podem acontecer por uma série de fatores, como falha na comunicação com paciente, sobrecarga de trabalho. Ou mesmo falta de atualização do profissional, sobretudo em um campo que evolui com tanta rapidez. A Telepatia desonera o médico de funções burocráticas, atuando diretamente nesse aspecto”, afirma o CEO. “Na prática, funciona como um auxiliar para a consulta, sempre respeitando a autonomia do médico”, completa.
*Jornalista, sócio e CEO da Ovo Comunicação.