Isaac Sidney/Febraban | Imagem: print de tela
Isaac Sidney/Febraban | Imagem: print de tela

O presidente da Federação Brasil de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que o setor financeiro “não é um experimento para ver se dá ou não dá certo”. Para ele, falhas no sistema financeiro podem ser “muito custosas, e até destrutivas para a economia”. Por isso, segundo ele, regulação rigorosa e supervisão preventiva são pilares para manter a confiança.

As declarações ocorreram na abertura da 15ª edição do “Congresso Internacional de Gestão de Riscos (G-Risc)“, realizado pela entidade na quarta (12/11) e quinta-feira (13/11).

O presidente da Febraban criticou a possibilidade de “socialização de custos” por fragilidades de alguns agentes no mercado. “Nós não podemos aceitar a socialização de custos, especialmente por fragilidades e por irresponsabilidades de alguns agentes de mercado, sobretudo de alguns que acham que podem colocar uma placa e fazer aventura na indústria”, disse ele, sem citar nomes de players.

Isaac cobrou tratamento igual para todos os agentes que oferecem os mesmos riscos ao sistema financeiro. “Regras claras, rigorosas, abrangentes, são essenciais para que nós possamos garantir que todos os agentes que exerçam as mesmas atividades e que oferecem riscos semelhantes, sem exceção, se submetam e atuam sob as mesmas condições regulatórias”, afirmou.

Robustez e integridade

Na visão dele, o setor não pode ser tratado como experimento. “Quero aqui enfatizar que esse setor financeiro é algo muitíssimo sério. Não é um experimento para ver se dá ou não dá certo. Tem de sempre dar certo o setor financeiro”, afirmou. Ele justificou a necessidade de vigilância constante. “É um alicerce da economia, porque é responsável por proteger e por remunerar a poupança tanto das empresas quanto das famílias, por ser aquele que é o responsável por garantir o funcionamento dos meios de pagamento”, disse.

O presidente da entidade que representa 115 bancos no País defendeu, ainda, que competição e inovação são importantes. No entanto, elas não podem existir sem robustez e integridade. “Sistema financeiro que se diz competitivo, mas não zela por sua completa integridade, não é nem uma coisa nem outra, nem competitivo e nem íntegro”, declarou.

Em sua fala, Isaac também elogiou a atuação do Banco Central (BC) na regulação e supervisão do sistema financeiro. “O Banco Central tem um papel muito relevante. A cooperação institucional entre Banco Central e reguladores também. Daí a relevância do papel do Banco Central, que reconheçamos, tem se mantido firme, tem se mantido atuante na regulação, na supervisão e no monitoramento do sistema financeiro.”