
A Revolut, um dos principais neobancos do mundo ao lado do Nubank, anunciou nesta segunda-feira (24/11) a conclusão de uma captação secundária, que avalia a fintech em US$ 75 bilhões. A venda de ações por parte de funcionários havia sido noticiada pelo jornal britânico Financial Times (FT) em setembro. Até hoje, a Revolut já possibilitou cinco vendas de ações para seus funcionários, informou a fintech.
De acordo com a Revolut, a transação teve liderança dos fundos Coatue, Greenoaks, Dragoneer, Fidelity Management & Research Company. Houve participação também de um amplo grupo de investidores, incluindo nomes como Andreessen Horowitz (a16z), Franklin Templeton, T. Rowe Price Associates, Inc. e NVentures, braço de capital de risco da gigante Nvidia.
“Este marco reflete o notável progresso que fizemos nos últimos doze meses em direção à nossa visão de construir o primeiro banco verdadeiramente global, atendendo 100 milhões de clientes em 100 países”, disse em nota Nik Storonsky, CEO e cofundador da Revolut. “O nível de interesse dos investidores e nossa nova avaliação refletem a força do nosso modelo de negócios, que está proporcionando crescimento rápido e forte lucratividade”, complementou Victor Stinga, responsável por Finanças (Chief Financial Officer, CFO).
Expansão
O novo valuation da Revolut vem na esteira do crescimento no último ano. Em 2024, a receita do banco digital britânico cresceu 72%, atingindo US$ 4,0 bilhões. Já o lucro antes de impostos mais do que dobrou, para US$ 1,4 bilhão. Globalmente, o Revolut tem atualmente mais de 65 milhões de clientes. A fintech vem avançando na expansão tanto em países latinos, como México e Colômbia, quanto em asiáticos, como a Índia.
No Brasil, onde chegou em 2021, o Revolut escolheu ir devagar, mantendo uma postura low profile. Mas vem mudando isso nos últimos tempos. Em abril, durante evento em São Paulo, CEO do negócio no País, Glauber Mota, afirmou que o Revolut decidiu oferecer por aqui tudo o que já oferece nos outros países. A meta é conquistar a “principalidade” do cliente brasileiro sendo um banco completo.