Gilneu Vivan/Banco Central | Imagem: print de tela
Gilneu Vivan/Banco Central | Imagem: print de tela

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (18/12) que o diretor de Regulação, Gilneu Vivan, passará a acumular, a partir de janeiro de 2026, o cargo de Renato Gomes, cujo mandato como diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução se encerra neste ano. Já a diretoria de Política Econômica, ocupada atualmente por Diogo Guillen – também com fim do mandato próximo – será ocupada interinamente por Paulo Picchetti, que já dirige Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

Os comentários foram feitos por Galípolo durante entrevista coletiva para comentar o mais recente Relatório de Política Monetária.

Sobre a indicação de novos nomes para ambas as diretorias, Galípolo evitou dar palpites e enfatizou que a decisão cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A prerrogativa é do presidente da República. Perfil [dos novos diretores], quando… É ele que vai comunicar isso. Não cabe ao Banco Central falar sobre isso”, afirmou. Questionado se participa do debate sobre as indicações, Galípolo manteve a posição: “Mesmo que a gente participe, quem vai falar sobre isso vai ser o presidente.”

Contribuições

Durante a coletiva, Galípolo elogiou Renato Gomes, que deixa a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, posto que ocupa desde 2022. “Renato, figura excepcional também, doce de pessoa, gentil, mas como vocês perceberam, sabe defender bem as suas posições. Vamos sentir muita falta do brilhantismo dele na construção de todas as soluções que ele trouxe aqui para o Banco Central”, disse. “Eu brinquei ontem que ele é um arquiteto da lógica”, emendou o presidente do BC.

Galípolo também fez questão de destacar a contribuição de Diogo Guillen ao longo dos últimos quatro anos. “O Diogo é absolutamente genial, é um gênio, mesmo. Ele reúne uma série de qualidades muito particulares, difíceis de encontrar em um economista e em um ser humano”, disse. “O Diogo tem uma capacidade ímpar de transitar por todos os ramos de conhecimento da economia, não só de transitar em cada um deles, mas de combiná-los juntos”, afirmou.

Antes de assumir a diretoria no BC em 2022, Gomes foi professor de Economia na Toulouse School of Economics por mais de uma década e pesquisador do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) francês. Também atuou como pesquisador no Google Research, em Nova York. Economista pela PUC-Rio, tem mestrado pela mesma instituição e doutorado pela Northwestern University, nos Estados Unidos. Fez, ainda, curso de livre-docência na Universidade de Toulouse, na França.

Já Guillen foi economista-chefe da Itaú Asset Management, onde também comandou as áreas de ciência de dados e pesquisa econômica. Anteriormente, trabalhou na Gávea Investimentos como economista sênior. É PhD em Economia pela Princeton University. Sua formação acadêmica inclui, ainda, mestrado pela PUC-Rio e passagens como pesquisador visitante pelo Federal Reserve de Minneapolis e pelo National Bank of Belgium. É autor de diversos artigos sobre economia monetária e internacional, além de lecionar em programas de mestrado e doutorado no Insper.