As LCIs foram os produtos que registraram maior crescimento no período, somando R$ 360,5 bilhões de estoque em dezembro, alta de 50%
Em 2023, a B3 registrou crescimento nos estoques de todos os produtos de renda fixa de captação bancária, que são títulos emitidos por instituições financeiras. O montante registrado em dezembro foi de R$ 4,5 trilhões, contra R$ 3,8 trilhões no final de 2022, um aumento de 20%.
Os números englobam os estoques registrados de Certificado de Depósito Bancário (CDB), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF), Letra Imobiliária Garantida (LIG) e Recibo de Depósito Bancário (RDB).
Gestoras, securitizadoras e especialistas justificam o interesse crescente das fintechs por debêntures e certificados de recebíveis (CRs) por serem instrumentos intermediários de acesso a funding, com custo menor e rapidez na colocação.
Interesse
Do lado dos investidores, o interesse cresceu devido aos juros altos.
“Ainda que no final do ano tenhamos visto o início de um ciclo de queda na taxa de juros, a manutenção da taxa em um patamar ainda elevado fez com que os instrumentos de renda fixa continuassem a ganhar espaço nas carteiras dos investidores”, diz em nota Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.
As LCIs foram os produtos que registraram maior crescimento no período,. Seu volume somou R$ 360,5 bilhões de estoque em dezembro, alta de 50% em comparação ao ano anterior. Já o estoque das LCA teve aumento de 36% e alcançou R$ 458,9 bilhões. Tanto LCIs quanto LCAs têm isenção de imposto de renda sobre os rendimentos para as pessoas físicas, o que aumenta sua atratividade para os investidores.
A LIG, título lastreado por créditos imobiliários, somou R$ 111,7 bilhões em estoque no período, aumento de 24% em comparação a dezembro de 2022. Já a Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo, contabilizou aumento de 9% no estoque, com R$ 492,3 bilhões.
Os CDBs, produtos com maior volume, registraram crescimento de 14% no ano, com R$ 2,1 trilhões de estoque contra R$ 1,9 trilhão em 2022. Os RDBs tiveram aumento de 36 % no período, com valor de R$ 427,8 bilhões.