O novo fundo Corporate Venture Capital do Itaú, gerido pela Kinea Ventures, fez sua estreia com um aporte conjunto com o americano Quona na Monkey Exchange, marketplace de recebíveis. O investimento foi no valor de US$ 6 milhões, em uma rodada Séries A.
O objetivo do fundo é fazer investimentos minoritários que ajudem a impulsionar empreendedores e suas startups no setor de serviços financeiros e tecnologia.
“Vemos muitas oportunidades de negócio envolvendo fintechs, queremos alavancar as startups com credibilidade perante futuros stakeholders, sejam eles clientes, parceiros ou investidores, além de fomentar a ponte com o nosso ecossistema”, afirma Philippe Schlumpf, Head da iniciativa de Venture Capital na Kinea.
Segundo o Itaú, o fundo é uma das formas encontradas pelo banco para se manter próximo do ecossistema de empresas inovadoras que atuam em segmentos estratégicos para a instituição.
Uma das principais plataformas de gestão de recursos do Brasil, a Kinea nasceu em 2007 em sociedade com o Itaú Unibanco. Já o fundo de Venture Capital é fruto de uma nova parceria entre a Kinea e o Itaú Unibanco, com o objetivo de estar conectado às principais inovações e soluções do mercado financeiro.
No começo de janeiro, o CEO da Monkey, Gustavo Muller, falou ao portal Fintechs Brasil sobre seus planos para 2021: movimentar R$ 25 bilhões, faturar R$ 25 milhões e conquistar empresas de médio porte. A fintech paulista hoje oferece uma plataforma de soluções que conecta essas empresas a seus clientes, fornecedores e mais 22 bancos e instituições financeiras, por meio de antecipação de recebíveis.
Os recursos dessa rodada serão aplicados na ampliação da oferta de produtos dentro do universo dos recebíveis, no aperfeiçoamento da usabilidade e segurança, bem como para montar uma área de Data Analytics dedicada ao banco de dados que a fintech acumulou.
“Isso permitirá o aumento da velocidade de conversão e uso da solução, ofertas e comunicações personalizadas, além da geração de insights para toda a base de clientes. Ao mesmo tempo, iremos aumentar nosso time e investir em novas soluções, como a nova plataforma de agenda de cartões, com data prevista de lançamento para início de 2021, além de potencializar nossa operação na América Latina, que foi iniciada em 2020 e ganhará ainda mais força neste ano com nossa chegada a Chile, Colômbia e México”, informa Muller.
A fintech levantou um total de US$ 1,5 milhão por meio de duas rodadas anteriores de investidores como Wayra Brasil, Marcelo Maisonnave, Parallax Ventures, João Carlos Zani, Roberto Dagnoni, Reinaldo Rabelo e Pedro Englert.