Assim como em países da América Latina, o fenômeno dos bancos digitais e fintechs é uma realidade nos Estados Unidos. Mesmo assim, esses players estão longe de incomodar as grandes instituições financeiras do país. O Chime, maior banco digital por lá, chegou a valer US$ 25 bilhões em 2021, mas hoje a mídia norte-americana estima um valuation muito menor – abaixo de US$ 8 bilhões.
Já os quatro maiores bancos norte-americanos (JP Morgan Chase, Bank of America, Wells Fargo e Citibank) continuam no topo da última década para cá. Com troca de posições entre um e outro no top 4, o quarteto gerencia cerca de US$ 10 trilhões em ativos, contra US$ 7,5 trilhões há 10 anos.
Conforme estudo do site C-Innovation, atualmente existem cerca de 85 bancos exclusivamente digitais na terra do Tio Sam. Além do Chime, os nomes incluem SoFi, Varo, Square, Mercury, entre outros. Alguns deles, diz a análise, vêm liderando investimentos estratégicos para enfrentar os desafios de rentabilidade – bem parecido com fintechs brasileiras.
Segundo o mapeamento, os bancos digitais oferecem soluções tanto para pessoas físicas quanto para pequenas e médias empresas (PMEs). Há exemplos também de negócios que dão foco para nichos de mercado, como comunidades latinas e indígenas.
O relatório aponta, ainda, a expansão dos serviços financeiros por celular nos EUA. “A fronteira digital redefiniu as interações dos consumidores, com o mobile banking agora atendendo a mais de 225 milhões de usuários em todo o país. Essa mudança é amplificada pelo surgimento de neobancos e fintechs disruptoras”, diz o texto.
O tamanho da oportunidade nos EUA vem atraindo também bancos digitais brasileiros. Talvez o principal exemplo seja o do Inter, que vem expandindo a oferta de produtos no país, de olho em residentes – norte-americanos ou não.