
O Nubank é o neobanco mais usado pelos brasileiros, seguido pela plataforma de pagamentos online norte-americana PayPal e pelo PicPay, banco digital da J&F. Completando o “top 5” dos bancos digitais prediletos dos brasileiros, estão Mercado Pago e Inter. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Bank of America (BofA) em março deste ano com 1 mil brasileiros.
O banco digital do cartão roxo foi citado por 71% das pessoas. Mais da metade (53%) mencionaram o PayPal, enquanto 44% apontaram o PicPay. Na outra ponta, dos neobancos usados por menos de 10% dos entrevistados, aparecem nomes como Next/Bradesco (9%), iti/Itaú (9%), banco BV (apenas 4%) e banQi/Casas Bahia (só 2%).
O levantamento mostra também que cerca de dois terços (67%) das pessoas ouvidas concentram seus depósitos em contas de neobancos. Para 35%, o motivo para isso é a melhor remuneração dessas contas. Além disso, mais da metade dos entrevistados (57%) possuem algum produto de crédito em banco digital.
Outro dado interessante da pesquisa tem a ver com as novas receitas dos bancos digitais. Na prática, as instituições estão conseguindo melhorar a “monetização” de seus clientes, o que também ajuda a aumentar o engajamento da base. Os serviços incluem crédito, cartões, marketplace e seguros. Em 2024, por exemplo, cerca de 75% dos entrevistados realizaram compras em marketplaces de aplicativos bancários. Os consumidores relatam ter feito essas transações por cashback (38%) e conveniência (37%).
Mercado saturado
O levantamento reforça, ainda, a tendência de consolidação no mercado de bancos digitais, que já vinha dando sinais de saturação nos últimos anos. Em 2021, os brasileiros utilizavam uma média de 4,5 aplicativos financeiros – em 2024, esse número caiu para 3,7. A imensa maioria (98%) dos entrevistados diz usar apenas um app financeiro, enquanto 76% afirmam ter dois.
Apesar do avanço dos bancos digitais no País, a maioria dos entrevistados (88%) recorre tanto a esses players quanto a bancos tradicionais. Além disso, a fatia de consumidores que utiliza apenas neobancos, que chegou a atingir 12% em 2023, recuou para 9% no ano passado.