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Carteira de crédito das micro e pequenas e empresas cresce 23% em 2021, diz BC

UM CONTEÚDO ACCREDITO

A carteira de crédito das micro e pequenas empresas (MPEs) cresceu 23% em 2021, segundo o Relatório de Economia Bancária do Banco Central (BC). O aumento  de R$ 304 bilhões para R$ 373,2 bilhões foi puxado pelas modalidades de capital de giro e de antecipação de recebíveis, que representaram 63% da carteira desse segmento de clientes.

A expansão de 5,5% das concessões para MPEs em 2021 seguiu a tendência decrescente dos últimos anos – o aumento foi de 13,4% em 2020 e de 18,1% em 2019.

Ainda assim, a participação das MPEs avançou de 14,5% do total da carteira para pessoas jurídicas em 2019 para 18,9% no ano passado.

“O aumento da participação do segmento é resultado da maior competição no setor depois da entrada das fintechs de crédito, que oferecem facilidade de contratação e condições atraentes para este público, como fazemos na ACCREDITO”, diz Milton Luiz de Melo Santos, o presidente da instituição – uma Sociedade de Crédito Direto da Associação Comercial de São Paulo.

As notas de crédito divulgadas mensalmente pelo BC não separa saldos e concessões das MPEs das estatísticas referentes a empresas médias, somente uma vez por ano é feita essa segmentação.

Nas pequenas, a inadimplência subiu de 2,4% para 3,3% e, nas microempresas, aumentou de 3,9% para 5,3% da carteira, mas seguem inferiores às de 2019. “Essa comparação ganha relevância considerando-se o fato de que 2020 foi um ano atípico, tanto pelo amplo processo de repactuações e renegociações flexibilizadas pelo BC quanto pelas demais medidas para o enfrentamento da pandemia, com aumento das concessões para as micro e pequenas empresas e alongamento do prazo médio da carteira”, diz o BC em nota.

As categorias de porte de pessoas jurídicas seguem os critérios estabelecidos pela Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006: microempresa é aquela cuja receita bruta anual seja igual ou inferior a R$ 360 mil e pequena empresa é aquela que fica entra esse valor e R$ 3,6 milhões.

Previsões

Para 2022, a expectativa é de crescimento no saldo de empréstimos, mas com desaceleração para a maioria dos segmentos. A mediana de 5,0% para o crescimento do saldo às grandes empresas está abaixo de 14,4%, realizado em 2021, e a de 10,0% para crédito às MPMEs é praticamente a repetição da variação do ano anterior.

Em relação às taxas de inadimplência, as expectativas para as pessoas jurídicas (mediana de 1,75% para as grandes empresas e de 3,0% para as MPMEs) indicam aumento nos dois segmentos.