As fintechs de crédito para empresas ganharam espaço nos últimos dois anos de pandemia atendendo as MPMEs (micro, pequenas e médias) que tiveram acesso negado a linhas emergenciais do governo.
As quatro linhas emergenciais de crédito que o governo lançou para apoiar essas empresas (PEAC FGI + PEC + PEAC MAQUINHAS + PRONAMPE) liberaram um volume de R$ 155 bilhões em 939 mil operações desde 2020. Mas, segundo o Sebrae, seis milhões de MPMEs que pediram esses empréstimos durante a pandemia – cerca de um terço delas – tiveram seu pedido negado. O Mapa de Empresas do Ministério da Economia contabilizava em março último 19,1 milhões de empresas no Brasil, das quais 93% eram MEIs, micro ou pequenas empresas.
A boa notícia é que muitas das que não conseguem acessar essas linhas podem contar com um plano B: as fintechs. O aumento das instituições financeiras não bancárias (SCDs, Cooperativas de Crédito, fintechs e outras que atuam fortemente no segmento) no crédito aos pequenos negócios levaram o estoque de empréstimos no Brasil a encostar nos R$ 4,7 trilhões em dezembro último.
Os desafios gerados pela pandemia, o aumento do crédito, e a importância das fintechs dentro do novo perfil do sistema financeiro brasileiro foram tema da palestra para empresários realizada por Milton Luiz de Melo Santos, presidente da ACCREDITO, durante a 11ª Reunião Ordinária da Diretoria Executiva, Conselho Diretor e Conselho Nato da Distrital Sul da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no último dia 26/5.
SCDs e SEPs
Mais de US$ 8 bilhões foram investidos em fintechs brasileiras desde 2012, segundo a consultoria Distrito – e 17,5% desse total foi para fintechs de crédito. Há atualmente 53 SCDs e 10 SEPs autorizadas a funcionar pelo Banco Central no Brasil.
As SCD, como a ACCREDITO, são Sociedades de Crédito Direto que realizam operações de crédito com recursos próprios, e podem prestar serviços adicionais (análise de crédito, cobrança, seguros correlacionados) inclusive a outras instituições financeiras; as SEPs (Sociedade de Empréstimo entre Pessoas) realizam operações peer-to-peer (P2P), no qual recursos recebidos dos credores são direcionadas aos devedores após negociação em plataforma eletrônica.
“Incentivada pelo BC, o setor de serviços financeiros está se movendo para um cenário mais aberto e distribuído. A criação de novos ecossistemas com parceiros estratégicos será fator primordial na competitividade”, diz Santos. “A tendência é que as fronteiras entre os setores fiquem cada vez mais tênues, com varejistas oferecendo serviços financeiros e o setor financeiro indo para o mundo do varejo”.
A ACCREDITO é controlada pela ACSP, e oferece linhas que vão desde o capital de giro (com juros pré e pós fixados), descontos de duplicatas, antecipação de recebíveis de cartão e linhas para investimento, a custos e prazos sob medida para MEIs e pequenos comércios. Faça sua simulação aqui.