Com a evolução da tecnologia, cada vez mais empresas vislumbram a oportunidade de oferecer produtos e serviços financeiros dentro da sua cadeia de clientes e fornecedores. A tendência conhecida como ‘embedded finance’ vem ganhando força e poderá gerar uma receita adicional de cerca de R$ 24 bilhões até 2026 para os setores de varejo, bens de consumo e outros serviços, conforme estimativa da consultoria Deloitte.
Na prática, o movimento de ‘embedded finance’ traz uma série de vantagens para companhias de diferentes setores da economia. Isso porque possibilita embarcar soluções financeiras, inclusive crédito, na jornada de clientes, parceiros e fornecedores, numa experiência melhor do que a oferecida pelos bancos de forma independente. Assim, as organizações podem diversificar os negócios, adicionar novas receitas e reduzir custos, aumentando ainda o engajamento em toda a cadeia.
“Trabalhamos bastante para permitir que empresas de todos os portes possam somar produtos e serviços financeiros a suas ofertas (anteriormente restrita a grandes ecossistemas) sem a necessidade de construir a própria instituição financeira ou veículo exclusivo. A oferta de crédito integrada (embedded finance) à jornada do cliente ou do fornecedor, além de criar uma nova receita, pode trazer eficiência financeira, como redução de inadimplência e melhoria da necessidade de capital”, afirma Breno Guelman, diretor-executivo do Banco BS2, primeiro banco digital brasileiro especializado em empresas, e que em abril deste ano lançou a unidade de negócios ‘BS2 as a Service’.
Know-how de crédito
Com tecnologia e produtos que se adaptam às diversas necessidades das empresas, o BS2 oferece soluções de ‘cash management’, crédito, conta internacional, câmbio e seguros para seus clientes e no formato “as a service”.
Um dos principais diferenciais do banco é a expertise no B2B, principalmente em operações de crédito. “Não somos um player de BaaS puro. Temos know-how de crédito e colocamos o próprio balanço do banco para viabilizar essa oferta na cadeia de clientes e fornecedores das empresas”, explica Breno. “Não estamos falando só da infraestrutura, mas participar da jornada e do ciclo de vida do crédito.”
Para isso, o BS2 aposta em tecnologia de ponta e motor proprietário para análise e concessão de crédito. Essa expertise, aliás, é fruto da aquisição da fintech de antecipação de recebíveis Weel, em julho de 2021, diz o executivo. “A tecnologia está viabilizando a oferta de crédito no modelo de ‘embedded finance’, simplificando o workflow e os inúmeros processos operacionais que até então existiam na concessão de crédito”, afirma Breno.
O banco tem como foco construir relacionamentos de longo prazo, e isso também se aplica à vertical ‘as a service’. “As empresas precisam de capital para crescer, e oferecer o crédito nos ajuda a penetrar mais facilmente nos ecossistemas dos parceiros. É realmente um ganha-ganha”, aponta o executivo.