UM CONTEÚDO OVOCOM

Pix é referência em inovação financeira e já movimenta o dobro do PIB nacional

Encomendado pela Zetta, em acordo de cooperação com o BC, estudo da Labrys mostra como sistema se tornou exemplo global em governança e tecnologia

Pix: sinônimo de inovação | Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil
Pix: sinônimo de inovação | Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil

Estudo encomendado pela Zetta, associação que representa empresas de meios de pagamento digitais, em acordo de cooperação com o Banco Central (BC), revela que o Pix se destaca entre os principais Sistemas de Pagamentos Instantâneos (SPIs) globais. Isso, quando se consideram indicadores como número de transações per capita e volume transacionado em relação ao PIB. A análise indica ainda que o sucesso do Pix resulta de decisões acertadas em três frentes principais: governança, políticas públicas e tecnologia. 

De acordo com o estudo, conduzido pelo think tank Labrys, no último trimestre de 2024, o Pix movimentou mais que o dobro do PIB brasileiro. O BC liderou a discussão assumindo o papel de gerente de projeto. No entanto, essa atuação não foi isolada. O BC abriu espaço para a participação ativa do mercado, especialmente das fintechs, que desempenharam papel essencial tanto na construção quanto na disseminação do sistema.

“O Brasil conseguiu, com o Pix, atingir algo que poucos países alcançaram: unir inclusão, escalabilidade e eficiência com uma governança central sólida. O estudo que produzimos visa justamente ressaltar os acertos do Banco Central para apoiar outras jurisdições que queiram seguir esse caminho”, conclui Rafaela Nogueira, economista-chefe da Zetta.

Rapidez

O estudo destaca ainda a rapidez com que o Pix alcançou cobertura nacional e seu potencial de integração com serviços públicos, sociais e financeiros. Desde sua criação, em 2020, mais de 20 milhões de brasileiros foram incluídos no sistema financeiro. Isso contribuiu para a redução da informalidade e para maior inclusão digital.

Em apenas seis meses de operação, metade da população bancarizada do País já havia utilizado o Pix ao menos uma vez, refletindo uma rápida adoção. Atualmente, mais de 95% dos adultos e cerca de 84% das empresas estão conectados à ferramenta. Entre os pequenos negócios, 97% aceitam Pix, e quase metade deles o considera seu principal meio de recebimento.

Alguns países, como Índia, Austrália, México e Tailândia, também desenvolveram SPIs nos últimos anos, mas ainda enfrentam desafios para alcançar a escala e o impacto do Pix. Nenhuma delas conseguiu até agora replicar a combinação de escala, velocidade de adoção e inclusão promovida pelo modelo brasileiro.

*Jornalista, sócio e CEO da Ovo Comunicação.