EVOLUÇÃO

Open Finance se aproxima de 50 milhões de contas conectadas

Até o início de agosto, último dado oficial disponível, o número de consentimentos ativos no sistema era de 49,2 milhões

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Open | Imagem: Adobe Photoshop

Com pouco mais de três anos e meio, o Open Finance no Brasil está perto de atingir uma marca significativa: 50 milhões de contas conectadas ao sistema. Até o início de agosto, último dado oficial disponível, o número de consentimentos ativos era de 49,2 milhões, de acordo com o Dashboard do Cidadão, no site Open Finance Brasil.

Como existe um delay de praticamente um mês entre os dados divulgados e o momento atual, a tendência é que a barreira dos 50 milhões já tenha sido atingida ou até mesmo ultrapassada. É o que acredita a fintech Iniciador, plataforma de infraestrutura com foco em iniciação de pagamento e dados de Open Finance.

“É um número que não vimos em implementações pelo mundo. No Reino Unido, por exemplo, [o sistema] já passa de seis anos e ainda não chegou aos mesmos 16% da população bancarizada, como aqui”, afirmou Gustavo Bresler, executivo-chefe de operações (COO) do Iniciador, em evento on-line nesta quinta-feira (5/9).

De maneira geral, neste ano o Open Finance vem evoluindo principalmente nas jornadas de pagamentos. Em abril, entraram em vigor as transferências inteligentes e o agendamento recorrente. Já no mês passado, o BC publicou as regras para a aguardada jornada sem redirecionamento (JSR). Esse mecanismo vai permitir o Pix por aproximação, cujo lançamento amplo está previsto para fevereiro de 2025.

Jornada sem redirecionamento abre portas

“A JSR foi um trabalho realizado numa parceria muito próxima entre Banco Central e agentes de mercado. É uma entrega que vai trazer resultados muito gratificantes para a população”, disse Janaína Attie, chefe de Divisão do Departamento de Regulação do BC. “É um passo importante para aproximar o Pix do comércio, seja on-line ou presencial.”

Segundo Janaína, a JSR abre muitas portas, porém as oportunidades precisam ser utilizadas com “cautela”, observando a regulamentação geral do Sistema Financeiro Nacional (SFN), assim como as regras específicas do arranjo de pagamento envolvido. “Muitas vezes ficamos como ‘estraga-prazeres’, mas é porque temos que dar passos bem construídos, preservando a segurança, estabilidade e imagem do Open Finance e do instrumento de pagamento, no caso, do Pix”, disse.

A porta-voz do BC pontuou, ainda, que o Open Finance funciona como um trilho. Por meio dele, cada instituição avalia sua estratégia e, a partir daí, cria novos produtos e serviços ou melhora as soluções existentes.

Segundo ela, até agora, os resultados têm sido “bastante positivos” em termos de benefícios que estão chegando aos clientes que compartilham dados via Open Finance. “E estamos com uma expectativa grande de aumentar ainda mais esses resultados.”