Imagem: Canva
Imagem: Canva

Os “bancões” lideram a preferência entre os pequenos negócios no Brasil, com 31% de adesão, mas as fintechs e bancos digitais já conquistaram um em cada quatro empreendedores (26%). É o que mostra uma pesquisa do Sebrae em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgada nesta quinta-feira (4/12).

As cooperativas de crédito aparecem com 13% da escolha dos empreendedores no País. Outros 27% dos entrevistados afirmaram não ter escolha ou nenhuma instituição financeira, enquanto 2% não souberam responder.

Entre os microempreendedores individuais (MEIs), bancos digitais e fintechs já são favoritos, conforme o levantamento. Nesse segmento, as instituições digitais são a preferência de 33%, contra 26% têm predileção pelos bancos tradicionais.

MEIs, no entanto, é a única categoria em que os bancos tradicionais perdem a liderança. Entre as microempresas e os negócios de pequeno porte, as fintechs e os bancos digitais figuram atrás das instituições tradicionais com 20% e 13% das preferências, respectivamente.

Ainda de acordo com o levantamento, idade e escolaridade são fatores determinantes na escolha. Entre empreendedores de 25 a 44 anos, as fintechs e bancos digitais superam as instituições tradicionais: 32% contra 27%. Já entre donos de negócios com 60 anos ou mais, os bancos convencionais lideram com larga vantagem: 43% contra apenas 14% das plataformas digitais.

A escolaridade também influencia. Entre empreendedores com nível superior, as fintechs e bancos digitais alcançam 28%, ficando próximas dos bancos tradicionais (32%). Para donos de pequenos negócios com ensino fundamental, a diferença é maior: 26% optam por bancos convencionais, enquanto 17% recorrem às plataformas digitais.

“A digitalização é uma realidade que não tem mais volta. Os donos de pequenos negócios entenderam isso e conseguiram se adaptar com rapidez”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima, em nota.

A pesquisa quantitativa ocorreu entre 10/6 e 11/8. Foram entrevistados 6.250 empreendedores, em amostra representativa do universo de pequenos negócios, com cotas cruzadas de UF, porte e setor. A margem de erro máxima é de 1,2 ponto percentual, com intervalo de confiança de 95,45%.