Em 2019, o volume de operações de todas as fintechs de crédito no mundo atingiu US$ 223 bilhões. Somando ao das plataformas de crédito das Big Techs (grupo que inclui as maiores e mais inovadoras empresas de tecnologia do mundo), a cifra é de quase US$ 800 bilhões. O resultado é de um levantamento feito pelo BIS – o banco central dos bancos centrais.
O crédito oferecido pelas Big Techs tem apresentado crescimento particularmente rápido na Ásia (China, Japão, Coréia e Sudeste Asiático) e em alguns países da África e América Latina. Em contraste, os volumes nas fintechs de crédito diminuíram em 2019 em relação ao ano anterior, devido aos desenvolvimentos regulatórios e de mercado na China.
Fora da China, as fintechs de crédito ainda estão crescendo, principalmente em países com PIB per capita mais alto (a uma taxa decrescente), onde as margens do setor bancário são mais altas e a regulamentação bancária é menos rigorosa.
As fintechs de crédito proliferam mais onde há menos agências bancárias per capita. Verificamos que essas formas alternativas de crédito são mais desenvolvidas onde a facilidade de fazer negócios é maior, a divulgação da proteção ao investidor e a eficiência do sistema judicial são mais avançadas, o índice de crédito / depósito bancário é menor e onde títulos e patrimônio os mercados são mais desenvolvidos.
No geral, as formas alternativas de crédito (seja via fintechs ou Big Techs) parecem complementar as formas de crédito convencionais, em vez de substituí-las; por isso, podem aumentar o acesso geral ao crédito.