O Índice FinTech IPO subiu 11,9% em cinco sessões, liderado por ganhos de dois dígitos em fintechs que atuam em todas as verticais como Affirm (26,5%), Marqeta (11,5% – ela acaba de entrar no Brasil), Upstart (29%), Payoneer (11,7%) e Nubank (6,6%). No acumulado do ano, o índice subiu 41,1%. Segundo o site de notícias americano PYMNTS, a semana passada pode ser intitulada “O Grande Rally de 2023”.
A recuperação foi puxada pela expectativa de que o arrefecimento da inflação e a pausa do Fed em sua campanha para aumentar as taxas de juros pode beneficiar as fintechs. O aumento do custo do capital encareceu os empréstimos e enfraqueceu a demanda e aumentou a inadimplência, colocando os negócios das fintechs em xeque – o que, por sua vez, fez com que os investidores institucionais buscassem retornos mais robustos em outros lugares.
Os motivos para a alta das ações das fintechs são os mesmos que vêm animando as Bolsas como um todo, que se valorizaram quase US$ 10 trilhões globalmente neste ano, segundo a Bloomberg. Resta saber como ficarão os ânimos dos investidores depois da apresentação dos balanços semestrais, que ainda devem trazer números pouco favoráveis.
Os índices de fintechs da S&P mostram o mesmo, com ganhos de até 45% (o Distributed Ledger acumula 185%, mas foge um pouco ao escopo convencional de fintechs).
O índice que reúne fintechs de mercados emergentes, da EQM, também experimentou um rally na semana passada, saindo de US$ 128,28 para US$ 135,61. O Brasil é o segundo país com mais representantes no índice, depois da China. XP e Nubank são as ações com maior peso.
Nubank, Stone e XP
No caso do Nubank, a alta coincidiu com o anúncio da parceria com o Ebanx, mas a tendência já vem se delineando há três meses, desde abril, quando a ação valia US$ 4,55. Apesar de ter fechado em queda na sexta, na quinta havia fechado em US$ 8,18. No ano, o preço do papel dobrou.
A Stone também se beneficiou dos ventos a favor que sopraram na semana passada, já a XP já teve dias melhores no mês passado.