O investidor individual brasileiro está disposto a ampliar os riscos em 2022 em busca de ganhos maiores, aplicando mais no desenvolvimento de startups. Os setores de fintechs e healthtechs são os preferidos, empatados em primeiro lugar com 13,5% das respostas (gráfico abaixo).
Essa é uma das principais conclusões da pesquisa feita pela Efund Investimentos, plataforma que opera na modalidade de Equity Crowdfunding. O estudo feito junto a 360 pessoas presentes na base de contatos da empresa revelou que 46,2 % dos entrevistados pretendem realizar aportes entre R$ 11 mil e R$ 100 mil neste tipo de empreendimento nos próximos 12 meses. Ao serem perguntados sobre os valores que destinaram a este tipo de operação nos 12 meses anteriores, a maior parte das respostas (31,6%) indicou um patamar de até R$ 10 mil.
O sócio fundador da Efund, Igor Romeiro, afirma que mesmo em um cenário desafiador para o investidor, como o que teremos em 2022, com eleição, aumento das taxas de juros e inflação, que convida para os investimentos em renda fixa, as startups reúnem características muito atrativas ao público que procura a diversificação de seus investimentos em alternativas nas quais os riscos correspondam proporcionalmente aos ganhos. “As notícias sobre a consolidação de um número cada vez maior de ‘unicórnios’ no ambiente de inovação brasileiro colaboram para aumentar o apetite pelas startups neste momento”, afirma.
A pesquisa da Efund detectou que as startups preferidas pelos investidores são as que têm seu modelo de negócios baseado em plataformas de Software as a Service (SaaS) , ou softwares como serviço, que receberam 40% dos votos. Em segundo lugar ficaram as empresas que funcionam por meio de aplicativos mobile, com 20%, seguidas de marketplaces e sistemas de assinatura, ambas com 12% cada. Já entre os segmentos econômicos, as fintechs e helthtechs lideram as preferências, com 13,5% cada, seguidas de edutechs (11,5%) e agrotechs (10,6%).
Para o cofundador da Efund, Alcides Jarreta, o ecossistema de startups brasileiro e os investimentos no setor estão somente engatinhando em relação a mercados mais desenvolvidos como EUA, Europa e Israel.
“A pesquisa só reforça a percepção de que ainda há muito espaço para crescer no Brasil. Neste sentido, a modalidade Equity Crowdfunding tem se revelado um instrumento impulsionador. Com as novidades que estão por vir, como o mercado secundário e a flexibilização da CVM com relação ao teto de investimentos, ela estará cada vez mais pronta para se difundir entre toda a população”, conclui.