PERFIL

Maioria dos bancários autônomos são homens, de SP e têm mais de 36 anos

Levantamento da plataforma Franq ouviu mais de 5,6 mil profissionais; maioria era gerente de um grande banco

Imagem: Canva
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Dados de um levantamento sobre o perfil dos bancários autônomos feito no Brasil mostram que esses profissionais já atuam no País inteiro e são, em sua maioria, pessoas acima dos 40 anos de idade e com vasta experiência como gerentes bancários — tanto de pessoa física quanto jurídica.

A pesquisa foi feita pela Franq, plataforma de bancários autônomos e assessores de investimentos com certificação Ancord. O levantamento envolveu mais de 5,6 mil profissionais que operam por meio da plataforma da Franq. Do total, 65% são homens e 35% mulheres, com a maior base de concentração no Sudeste (51,06%). A distribuição geográfica dos profissionais representa uma conexão com a participação estadual no PIB brasileiro. Estado com maior número de bancários autônomos, São Paulo possui 32,3% dos profissionais pesquisados, número semelhante à fatia de 31,1% que possui do PIB nacional.

A região Sul também se destaca com 26,09% dos bancários e 16,2% do PIB, revelando uma adesão acima da média ao modelo autônomo em estados como Santa Catarina (10,84%) e Paraná (8,49%). Conforme a pesquisa, as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte possuem cerca de 23% da base de bancários autônomos em atuação no Brasil, uma quantia menor que apresenta espaço para crescimento do modelo — principalmente em estados com maior densidade econômica como Goiás, Bahia, Pernambuco e Pará. A idade média dos bancários autônomos é de 46 anos, sendo que 83% do total possui mais de 36 anos.

Personal bankers

A experiência também reflete nos cargos ocupados anteriormente nas instituições financeiras tradicionais. A maioria foi gerente de algum nível: geral, de pessoa física ou de pessoa jurídica. A maior parcela veio também de alguns dos maiores bancos do Brasil: Itaú Unibanco (31,2%), Bradesco (30%) e Santander (28,9%).

A grande maioria possui também as principais habilitações do mercado financeiro: as certificações CPA-10 e CPA-20, ambas emitidas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), seguem como as mais frequentes — presentes em 66,9% e 38,3% dos profissionais, respectivamente. Tradicionalmente associadas ao ambiente bancário, essas credenciais continuam sendo referência na atuação independente.

“Os personal bankers possuem, em média, 20 anos de experiência no mercado financeiro. Isso significa duas décadas construindo relações de confiança com seus clientes, conhecendo suas histórias e compreendendo profundamente suas necessidades financeiras”, disse em nota o o fundador e CEO da Franq, Paulo Silva.

Segundo ele, esse conhecimento, aliado à experiência com o funcionamento dos bancos, se torna um grande ativo. “Esses profissionais têm a oportunidade de monetizar esse ativo ao atuar de forma independente, oferecendo um portfólio mais amplo de produtos e serviços financeiros. Antes, um bancário precisava estar vinculado a uma instituição para exercer sua profissão. Agora, ele pode empreender, atendendo seus clientes de maneira neutra e personalizada, maximizando seu potencial e aumentando sua rentabilidade”, acrescentou.