Sete em cada dez brasileiros consideram um aplicativo financeiro “tudo em um” um serviço atraente ou extremamente atraente. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Ipsos a pedido da TecBan, que investigou hábitos, percepções e sentimentos do consumidor em relação ao Open Finance.
Conforme o estudo, a maioria dos consumidores também enxerga como atrantes serviços como “ferramenta de comparação inteligente”, “aceleração do processo de solicitação de crédito” e “pagamentos instantâneos a partir de sites e aplicativos”.
Quando perguntados o que esperam de um app, 36% deles indicam a proteção contra fraudes. Pagamento de contas (30%), comida e transporte (26%) também são expectativas apontadas pelos brasileiros. Em seguida, aparecem ofertas e descontos com base nos hábitos de compra (26%).
Há um interesse relevante, por exemplo, por ferramentas de gestão financeira (26%), dicas de educação financeira (23%) e recomendações de serviços (22%) com base no histórico de gastos. Por outro lado, pagamentos instantâneos internacionais são citados por apenas 17% dos entrevistados. E somente 11% esperam encontrar num app a compra de ativos digitais como NFTs e criptomoedas.
Compartilhamento de dados e confiança nos players
A pesquisa aponta, ainda, uma maior disposição dos brasileiros em compartilhar dados financeiros. Mais da metade (52%) estão dispostos a compartilhar as informações financeiras para obter serviços. Na última pesquisa, em 2021, essa fatia era de 40%. Já a preocupação sobre como será a utilização desses dados diminuiu — de 46% para 34%.
Para Tiago Aguiar, head de Open Finance da TecBan, o aumento do interesse pelo tema e percepções de relevância e confiabilidade estão acompanhando a evolução do Open Finance no Brasil. “Ainda estamos no início e temos mais de 900 instituições participando do novo sistema. Temos trabalhado com diversos atores para o atingimento dos marcos regulatórios, mas também para ajudá-los no aproveitamento das oportunidades que o novo formato apresenta para todos”, afirma.
Outra informação interessante é a percepção de confiança nos provedores de serviços de Open Finance. Em média, 68% dos entrevistados confiam em bancos estabelecidos. Esse patamar é de 50% no caso dos bancos mais novos, em sua maioria digitais.
O nível é significativamente baixo (8%) quando se fala em empresa especializada em tecnologia móvel e de apenas 3% se for uma “fintech nova no mercado”.
A pesquisa entrevistou, entre 18 e 24 de maio de 2023, 1 mil homens e mulheres bancarizados, das classes A, B e C, com acesso à internet. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
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