Já imaginou colocar suas decisões financeiras nas mãos de uma Inteligência Artificial (IA)? Para um grupo de pessoas, isso parece fazer sentido se for para obter benefícios. De acordo com uma pesquisa feita pelo banco digital PicPay, 82% dos entrevistados dizem que aceitariam deixar a IA monitorar seus gastos em troca de descontos personalizados.
Além disso, 80% consideram a possibilidade de delegar as decisões a agentes autônomos para ter melhores retornos na vida financeira. Quando questionados sobre o que mais os empolga, a maioria das pessoas aponta o potencial de aumentar ganhos e facilitar a gestão financeira.
O levantamento, realizado por um painel interativo durante a última edição do Web Summit Rio, teve mais de 900 votos, distribuídos entre três perguntas sobre o uso de IA em decisões financeiras.
É verdade que o público do evento, um dos maiores do mundo na área de tecnologia, pode ser mais early-adopter de soluções tecnológicas e inovações, mas os dados mostram que a IA veio para ficar no setor financeiro. A combinação dela com aplicativos conversacionais, como o WhatsApp, já é realidade tanto em grandes instituições financeiras quanto em bancos digitais e fintechs.
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Conforme a pesquisa mais recente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), oito em cada dez bancos já incorporam a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) nas operações. E reportam ganhos com uso dessa tecnologia, como um aumento médio de 11,4% na eficiência dos processos pós-adoção de IA e GenAI. Além disso, 38% das instituições apontam um aumento de eficiência acima de 20%.
Próxima etapa
Para Anderson Chamon, co-fundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay, os agentes autônomos serão o próximo passo da GenAI no setor. “Estamos falando de uma IA que entende o cliente, toma decisões por ele e talvez nem precise de um aplicativo bancário”, afirmou, em nota.
No mundo dos pagamentos, as duas maiores bandeiras de cartões do mundo, Mastercard e Visa, já estão testando soluções globalmente para o que vem sendo chamado de “comércio agêntico” (ou agentic commerce).
