A chegada do Pix transformou o A2A (account to account, ou conta a conta em inglês) no principal método de pagamento brasileiro, tanto no e-commerce quanto nos pontos de venda físicos (PDVs). Depois de crescer quase 30 vezes em volume em quatro anos, a US$ 35 bilhões, os pagamentos A2A devem atingir US$ 86 bilhões em 2030.
No ano passado, o Pix respondeu por 41% do valor transacionado no comércio online e 32% nos PDVs. Os dados estão na pesquisa Global Payments Report 2025, realizada pela Worldpay e divulgada nesta terça-feira (15/4). A Worldpay prevê um crescimento de 16% ao ano para o A2A no e-commerce e 11% nos PDVs, de 2024 a 2030.
“O A2A será responsável por 58% do e-commerce e 46% do valor transacionado nos PDVs” no Brasil, diz a pesquisa. Mas, apesar da pressão do Pix, os cartões de crédito continuam sendo um pilar importante do cenário de pagamentos no Brasil. Os cartões representaram quase 38% do valor combinado das transações em 2024 (26% de crédito, 10% de débito e 2% pré-pago). Os cartões também foram citados como a principal fonte de financiamento de carteiras digitais por 69% dos entrevistados (55% de crédito, 13% de débito, 1% de cartões pré-pagos).
Já em termos globais, o panorama é bem diferente. A pesquisa mostrou que os pagamentos A2A devem responder por apenas 9% do e-commerce e 6% do varejo físico em 2030. Isso representaria um aumento modesto em relação ao que eram em 2024. No mundo, as carteiras digitais são as preferidas dos consumidores, e devem atingir participação de 65% dos pagamentos online e 45% dos PDVs em 2030.
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Metodologia
Em relação ao tamanho dos mercados, a previsão é de aumento de 8% até 2030 para o mercado global de e-commerce, que deve chegar a US$ 10,8 trilhões. O mercado físico deve crescer 4% ao ano e chegar a movimentar US$ 47,3 trilhões.
A 10ª edição do estudo analisou o uso dos meios de pagamento físicos e digitais em 40 países, e também fez um recorte por segmento – de apostas online a viagens e restaurantes.
“Não importa onde você esteja no mundo, agora é normal que as transações sejam concluídas com alguns toques”, disse Ainsley Merchant, diretor sênior de Serviços Financeiros da Worldpay. “Os padrões crescentes de experiências de pagamento de serviços financeiros são impulsionados não apenas pela disrupção digital e pela evolução da legislação, mas pela demanda do consumidor por pagamentos rápidos e personalizados.”
