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Pix é "isca" para brasileiro abrir conta em banco

Conforme pesquisa do Mercado Pago, um em cada três brasileiros não se sente devidamente incluído financeiramente

Pix - Imagem: Canva
Pix | Imagem: Canva

Poder pagar ou receber com Pix é uma das principais razões para a abertura de conta em banco. De acordo com pesquisa do Mercado Pago, um em cada três (32%) dos brasileiros dizem que abriram sua primeira conta corrente para pagar ou receber por meio do sistema de pagamento instantâneo. Esse motivo fica atrás apenas de “para receber salário/bolsas” (35%).

“O Pix tem sido, sem dúvida, esse impulso para quem estava fora do sistema financeiro”, afirmou Ignacio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil, em coletiva com jornalistas nesta segunda-feira (15/7) para apresentação dos resultados do levantamento, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). “Receber/fazer Pix provavelmente é uma das primeiras ações das pessoas ao abrir conta no Mercado Pago.”

Fonte: Pesquisa Mercado Pago/IBPAD

Chama atenção também os percentuais por classe social e faixa etária. Entre as pessoas com idades entre 18 e 24 anos, metade indica “realizar/receber Pix” como principal razão para abrir uma conta. A menor taxa está entre indivíduos com mais de 60 anos (22%). Entre brasileiros da classe A, apenas 10% citam o Pix como motivo para abrir conta em banco, enquanto nas classes D/E, a taxa sobe para 38%.

Inclusão financeira

Apesar do avanço nos últimos anos, puxado pelo próprio Pix, a inclusão financeira continua sendo um grande desafio no Brasil. E isso pode ser notado pelo “sentimento” da população com relação ao tema. Tanto é que um em cada três brasileiros (34%) não se sente devidamente incluído financeiramente, de acordo com a pesquisa.

Quando os entrevistados indicam os motivos para não se sentirem incluídos financeiramente, a maioria (73%) das respostas tem a ver com crédito. Isso inclui não possuir acesso a um cartão de crédito, apenas débito (29%), ter limite de crédito inferior ao necessário (24%) e não poder contratar empréstimos

Segundo o levantamento, quase oito em cada dez (78%) afirmam ter conta em algum banco. A maior proporção está na região Sudeste (84%), enquanto o Nordeste apresenta a menor taxa (71%). Já no quesito investimentos, menos de 40% dizem fazer algum tipo de aplicação financeira. Para mais da metade (54%), não sobra dinheiro para investir. 

A pesquisa “Da Cédula ao Drex: a evolução do real em 30 anos”, em homenagem às três décadas do Plano Real, ouviu 2.004 pessoas em todo o Brasil por meio de questionário online.