O PIX deve substituir as transferências bancárias (em funcionamento desde 2002) como meio de pagamento preferido do brasileiro tanto no comércio eletrônico quanto em pontos de venda (PDV). Já o uso de dinheiro em espécie para pagamento nos PDV deve cair à metade até 2024. As previsões estão na sétima edição do relatório The Global Payments Report 2022, da Worldpay from FIS, divulgado no VTEX Day. Hoje, as transferências representam 11% dos meios de pagamento usados em comércio eletrônico. no Brasil.
O dinheiro em espécie, que representava a maioria dos pagamentos nos PDVs até 2018, caiu abaixo de um terço do valor dos pagamentos nos PDVs em 2021; espera-se o método caia abaixo de 25% até 2024. Pequenos aumentos no crédito (35% em 2021) e débito (21,6%) serão responsáveis por mais de 60% dos gastos nos PDVs até 2025. Já o uso de carteiras digitais deve aumentar 30%.
O Brasil continua a experimentar um rápido crescimento do comércio eletrônico, com 16% de aumento em relação ao ano anterior em 2021, mostra o estudo. Os consumidores brasileiros usam principalmente cartões de crédito, que representaram 44,7% do valor das transações do comércio eletrônico em 2021. As transferências bancárias, cartões de débito, carteiras digitais e opções pós-pagamento oferecidas pelo boleto bancário renderam, cada uma, mais de 10% dos gastos com comércio eletrônico.
No mundo
Segundo o estudo, há várias razões que levam o consumidor a migrar do dinheiro em espécie e cartões de crédito para carteiras digitais e BNPL (do inglês Buy Now, Pay Later). Os fatores que contribuem para a redução da participação dos cartões de crédito, por exemplo, incluem o aumento de métodos de pagamento alternativos, a migração de volume para carteiras digitais vinculadas a crédito e débito, os consumidores optando por crédito sem juros na forma de BNPL e mercados verticais centrados em crédito.
As carteiras digitais representaram 19,2% dos gastos no comércio eletrônico da América Latina em 2021. A projeção é ampliar para 25% do valor das transações até 2025. Os mexicanos foram os que mais transacionam por meio das carteiras digitais na região, representando cerca de 27% do valor das transações em 2021 e a perspectiva é que se aproximem de 36% de participação até 2025.
As transferências bancárias representaram 9,7% dos gastos regionais no comércio eletrônico em 2021, com projeção semelhante (9,4%) até 2025. Porém, seu uso assume trajetórias variadas. Há estimativa de queda, no Peru, de 8,8% em 2021 para 3,8% em 2025, e na Colômbia de 16,5% para menos de 10% nos mesmos períodos. No Brasil, com a introdução do sistema de pagamento instantâneo Pix, a previsão é que as transferências bancárias subam de 10,9% para quase 18% em 2025.
As opções de BNPL começam a ganhar tração no comércio eletrônico da América Latina. Os valores das transações permanecem baixos – abaixo de 1% –, mas as taxas de crescimento serão uma das mais rápidas do mundo. Estima-se um aumento de 98% de 2021 a 2025, quando o método passará a responder por aproximadamente 2,2% do valor das transações no e-commerce latino-americano.