As startups brasileiras já somam US$ 8,01 bilhões de investimento angariados em 2021, segundo o Inside Venture Capital, relatório mensal produzido pela Distrito com apoio do Bexs Banco. O volume supera em 120% o total de 2020, quando as startups receberam US$ 3,65 bilhões. Foram 614 rodadas no ano, a maior parte para empresas de finanças, varejo e saúde.
O setor de fintechs, que já acumula US$ 3,2 bilhões no ano, mais uma vez liderou o ranking, seguido das retailtechs, com US$ 1,04 bilhão, real estate (US$ 1,02 bilhão), edtechs (US$ 552,7 milhões) e as startups de mobilidade (US$ 366,4 milhões). Entre os aportes do mês, destacam-se os da Cargo, logtech, que arrecadou US$ 190 milhões, e o da insurtech Justos, que recebeu US$ 38,6 milhões em rodada de Série A.
Em outubro, foram realizados 53 deals, com volume duas vezes maior que em 2020 – US$ 779,1 milhões levantados no mês este ano contra US$ 368,8 no ano passado.
“No fim do primeiro semestre de 2021, tínhamos a expectativa de atingir US$ 8 bilhões em investimentos no ano, o que já ocorreu agora no fechamento de outubro. Temos indícios fortes para acreditar que este movimento é sólido e que o crescimento do mercado irá perdurar por alguns anos, dada a necessidade emergente de inovação e tecnologia, sobretudo em países como o Brasil, com tantos desafios ainda a serem resolvidos”, afirma Gustavo Gierun, cofundador do Distrito.
Foram realizadas em outubro 33 fusões e aquisições, totalizando 211 no ano. Em 2020, foram 165 M&As. O maior número de transações foi com fintechs (44), martechs (27), retailtechs (25), edtechs (15) e healthtechs (13).
No cenário mundial, o Brasil aparece como o maior ecossistema da América Latina, com volume de investimentos 130% maior que o segundo lugar, o México. Mesmo ainda em desenvolvimento, o número de deals já se assemelha ao de mercados mais consolidados, como Canadá (632 deals) e França (610 deals).
“O Brasil deixou de ser uma promessa para ser uma realidade. Estamos em um ritmo de crescimento muito intenso e agressivo e podemos nos igualar às maiores potências no mundo em número de transações e aportes”, afirma Eduardo Fuentes, responsável pelo relatório Inside VC.
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