O uso dos cartões na internet, em aplicativos e outros tipos de compras não presenciais em 2021, até setembro, movimentou R$ 401,7 bilhões, com crescimento de 30,9%. Nos últimos anos, principalmente com as novas tendências de consumo que ganharam evidência na pandemia, os pagamentos não presenciais se tornaram cada vez mais habituais na vida do brasileiro, representando hoje cerca de 35% de todos os gastos realizados com o cartão de crédito. Os dados foram divulgados hoje pela A Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento,
Também impulsionada no período, a modalidade de pagamento por aproximação cresceu 387%, atingindo R$ 100,5 bilhões300%. Somente no terceiro trimestre cresceu 300%, somando R$ 57,5 bilhões em compras. O mais usado nessa função foi o cartão de crédito, com R$ 32,1 bilhões (+568,1%), seguido pelo cartão de débito, com R$ 16,9 bilhões (+89,1%), e pelo cartão pré-pago, com R$ 8,5 bilhões (+1.234%).
A Abecs prevê o setor ultrapasse pela primeira vez a marca de R$ 3 trilhões movimentados em pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos, o que representará um crescimento de 21% em relação ao projetado para 2021. Neste ano, até setembro, o acumulado chegou a R$ 1,8 bilhão – um crescimento de 34,1% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Em quantidade de transações, todas as modalidades de cartão juntas registraram 21,8 bilhões, também no acumulado, com avanço de 33,6%.
A Associação mantém a projeção de 54% para a participação dos cartões no consumo das famílias ainda em 2021, devendo chegar a 60% em 2022. A recuperação gradual da economia, principalmente do setor de serviços, deve contribuir de maneira relevante para o desempenho do setor de cartões em 2022.
O resultado mostra que o setor continua em trajetória de forte expansão, acompanhando o crescimento do consumo de bens e serviços, à medida que avança a vacinação da população, permitindo maior redução das medidas restritivas em combate à pandemia de Covid-19. Vale ressaltar que a variação se dá em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, período bastante impactado pela crise sanitária.
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