Isaac Sidney/Febraban | Imagem: print de tela
Isaac Sidney/Febraban | Imagem: print de tela

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, voltou a defender um esforço conjunto de todo o setor financeiro no enfrentamento ao crime organizado e a golpes e ataques cibernéticos. Isaac afirmou que “contas bancárias não podem ser esconderijos para abrigar, guardar, movimentar e lavar o dinheiro da criminalidade”. A declaração dele ocorreu na abertura do 21º Seminário Febraban de Relacionamento com o Consumidor, realizado pela entidade nesta terça (3/11) e quarta-feira (4/11) em Brasília.

De acordo com o presidente da Febraban, o crime organizado está infiltrado em várias cadeias produtivas na economia brasileira, inclusive lícitas. Na visão dele, é preciso encontrar um caminho para “blindar” a indústria financeira e bancária dessas “investidas”. Nesse sentido, ele defendeu a ação coordenada entre as empresas do setor, o Banco Central (BC) e órgãos de defesa do consumidor. “Essas ações conjuntas fortalecem o setor financeiro, a proteção ao consumidor e também a inovação bancária, para que ela possa evoluir com integridade e segurança”, afirmou.

‘Explosão de crimes digitais’

Isaac reforçou que o sistema financeiro enfrenta “desafios inéditos”, como a escalada de golpes e fraudes digitais. “Não adianta a gente tentar esconder o sol debaixo do braço. Há uma situação que precisa ser enfrentada. Há uma explosão de crimes digitais”, enfatizou o presidente da Febraban. Segundo ele, o setor vive uma verdadeira “cruzada” contra golpes, fraudes e ataques cibernéticos.

Ele lembrou de medidas recém-divulgadas pela Febraban no âmbito da autorregulação da entidade. O objetivo das regras mais duras, assinadas por 25 bancos no Brasil, é combater as chamadas “contas laranjas”, “frias” ou ligadas a casas de apostas online (bets) irregulares. A iniciativa, segundo ele, está alinhada às novas normas do BC, ue também miram as “contas laranjas“, assim como as “contas bolsão“.

Isaac ressaltou, ainda, que o setor financeiro como um todo tem o dever de impedir a abertura e a manutenção de contas fraudulentas. “Nenhuma instituição financeira, seja ela banco ou instituição não bancária, pode ser tolerante com brechas, seja na entrada ou na permanência de criminosos na indústria financeira.”