A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) caminha para ser um “hub de fintechs do mundo”, quer atuar cada vez mais como uma entidade “agregadora” no ecossistema e vai ampliar a atuação para diferentes setores que têm penetração de fintechs. “Onde há atividade produtiva no Brasil, existe uma fintech”, define Diego Perez, presidente da ABFintechs, na abertura do “Fintouch 2023”, evento que ocorre hoje (26) e amanhã (27) em São Paulo.
No cenário local, a ideia da associação em 2024 é trabalhar no desenvolvimento regulatório e legislativo, assim como firmar acordos com outras entidades do setor. Nesse sentido, a ABFintechs quer ter uma função “agregadora”, afirma José Luiz Rodrigues, presidente do conselho da entidade, atualmente com mais de 700 associados.
“A proliferação de associações muitas vezes não é benéfica para o ecossistema. É importante ter a concentração de esforços. Então, a ABFintechs tem a função de agregar todo mundo”, diz ele. “A ideia é ser uma confederação que possa agregar qualquer segmento, como apoio ou parceria.”
Um passo nessa direção, segundo ele, é a atuação por verticais. Hoje, a ABFintechs já tem essas subdivisões internamente, e a partir de agora passará a se comunicar com o mercado conforme as diferentes temáticas. Entre esses assuntos estão agro, Open Finance, pagamentos, crédito digital, cyber risk, sustentabilidade e diversidade.
Em outra frente, Diego revela que a ABFintechs também prepara a criação de uma escola de negócios, com foco em formação para lideranças e capacitação de pessoas que desejam ingressar no ecossistema de fintechs.
Na gringa
No quadro internacional, a associação tem participado de fóruns e agendas em colaboração com órgãos de diferentes países. A ABFintechs faz parte, ainda, da Aliança Iberoamericana de Fintechs, além de colaborar com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) no grupo Startup20, do G20. Além disso, a entidade promove missões internacionais.
“Estamos construindo agenda recorrente com países vizinhos tanto para apoiar fintechs brasileiras nos projetos de internacionalização, como também as fintechs estrangeiras de outros continentes que desejam estabelecer bases no nosso país”, afirma Diego. “A ABFintechs vem se tornando um hub de fintechs do mundo, não só América do Sul e América Latina.”
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