O lançamento do Pix como garantia de operações de crédito deve ficar para o biênio 2026/27, mas provavelmente sairá do papel mesmo daqui a dois anos. O alerta veio de Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), em painel de abertura do 4º Congresso da Associação Brasileira das Instituições de Pagamentos (Abipag), realizado nesta quinta-feira (29/5) em Brasília (DF).
De acordo com Gomes, a modalidade ainda está em estudo. Como o próprio diretor já havia dito em outros eventos, o Pix como garantia é o paralelo, no arranjo Pix, do chamado “crédito fumaça” que é atrelado a recebíveis futuros de cartão de crédito.
“Acho que é bom fazermos um gerenciamento de expectativas. Ainda não temos definições sobre o modelo a ser percebido, é um produto potencialmente complexo. Nós iniciamos o estudo de como o modelo pode funcionar, mas ainda não chegamos lá. Então. não há um cronograma definido. Estimamos a sua implementação para o biênio 2026/ 27. Eu enfatizo 27”, afirmou no evento da Abipag.
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Agenda
Em relação a outras pautas da agenda evolutiva do sistema de pagamento instantâneo, Gomes reforçou o início do Pix Automático em 16/6. O BC, inclusive, fará no próximo dia 4/6 um evento em São Paulo para marcar o lançamento do serviço, que promete substituir o débito automático. Segundo o diretor do BC, outra solução prevista para este ano é o Pix Parcelado, cujo lançamento deve ser em setembro.
Para este ano e 2026, o BC também trabalha na nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED), que facilita a devolução de dinheiro em caso de fraudes com Pix. Atualmente com mais de 175 milhões de usuários cadastrados, o sistema de pagamento instantâneo movimentou R$ 26,5 trilhões no ano passado. O volume foi 54% superior em relação aos R$ 17,2 trilhões de 2023.
*O jornalista viajou a Brasília a convite da Abipag.
