Três executivos de grandes companhias resolveram se unir para montar uma fintech: Francisco Pereira, ex-diretor de desenvolvimento de negócios da Bunge, Fabio Araujo, ex-gerente de treasury da Bunge e ex-VP do Citibank; e Emerson Moreira, ex-CEO da LTM Fidelidade. Juntos, ergueram a Trademaster, fintech especializada em soluções financeiras e de crédito B2B.
No mercado desde 2015, o negócio nasceu com foco nas necessidades de indústrias, mas tem avançado mais recentemente para atender pequenos varejistas. “O problema no final do dia é o pequeno varejo, que não tem acesso ao crédito. Damos prazo para ele comprar o que precisa”, explica Francisco Pereira, cofundador e CEO da fintech, em entrevista exclusiva à Finsiders.
Baseada em nuvem, a plataforma de meio de pagamento se comunica por um catálogo de APIs, integradas em tempo real com o sistema de gestão empresarial (ERPs) dos clientes para capturar as transações de venda sem alterar a operação comercial, utilizando tecnologias como inteligência artificial e machine learning.
Hoje, a Trademaster atende mais de 240 mil varejistas em todo o país, principalmente estabelecimentos de bens de consumo massivo, entre eles, varejo alimentar, material de construção e outros.
Na ponta das indústrias, a fintech tem mais de 60 clientes conveniados, entre grandes indústrias nacionais, multinacionais e seus distribuidores.
Ao todo, a plataforma já transacionou mais de R$ 6 bilhões. A empresa não divulga o faturamento, mas diz que tem crescido dois dígitos todo mês neste ano. Mesmo com o impacto da pandemia, a empresa conseguiu manter um resultado positivo dado o aumento de demanda em setores como alimentação e farmacêutico, além de material de construção. “No geral, conseguimos surfar bem a onda.”
A empresa é controlada por uma holding dos fundadores, que fica com 60% do negócio. Os outros 40% pertencem ao Banco Sofisa. A principal concorrente da Trademaster é a Supplier, comprada no ano passado pela Totvs por R$ 455,2 milhões, que também atua com soluções de crédito B2B.