Investir em criptomoedas pode ser uma opção atraente para quem busca diversificação e altos retornos, mas exige cautela. A volatilidade extrema, a falta de regulamentação e os riscos de segurança digital são fatores que merecem muita atenção. É essencial entender como o mercado de criptomoedas funciona e estar preparado para oscilações bruscas, alerta Fábio Plein, diretor-regional da Coinbase para Américas. Com conhecimento e planejamento, é possível minimizar os riscos para aproveitar as oportunidades desse mercado.
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são moedas digitais baseadas em criptografia, que garantem transações seguras sem a necessidade de intermediários, como bancos. Elas são descentralizadas e não controladas por governos. Bitcoin e Ethereum são as mais conhecidas. Como diz o site Bitcoin.org, o Bitcoin “é controlado por todos os usuários ao redor do mundo, destacando seu caráter aberto e distribuído”.
Como investir em criptomoedas?
Para começar a investir, é preciso seguir alguns passos simples:
- Escolha uma plataforma confiável: Binance, Coinbase e Mercado Bitcoin facilitam a compra e venda de criptomoedas. Além disso, investidores podem acessar criptos por meio de ETFs, recentemente aprovados nos Estados Unidos, que permitem a negociação em mercados de ações tradicionais.
- Crie uma conta: Após escolher a plataforma, o próximo passo é abrir uma conta e verificar sua identidade.
- Deposite fundos: Você pode transferir dinheiro em moeda local, como real, para a exchange e usar esses fundos para comprar criptomoedas. Não é necessário converter para dólares.
- Compre frações: A maioria das plataformas permite a compra de frações de criptomoedas, tornando-as acessíveis mesmo para pequenos investidores.
- Armazene seus ativos com segurança: Utilize carteiras digitais para proteger suas criptomoedas. As carteiras offline (cold wallets) são mais seguras, pois não estão conectadas à internet.
Por que investir em criptomoedas?
O principal atrativo das criptomoedas é o potencial de valorização rápida. Por exemplo, o Bitcoin já valeu menos de US$ 0,05 em 2010 e atingiu um valor superior a US$ 75.000 em 2024. Além disso, as criptomoedas oferecem uma forma de diversificação para carteiras de investimento.
A flexibilidade também é um ponto positivo. Não há um valor mínimo para começar a investir, e é possível aplicar com moedas locais. Mas, como lembra Fábio, é importante que o investidor “esteja ciente do comportamento cripto antes de assumir riscos”, já que o mercado pode sofrer grandes oscilações.
É seguro investir em criptomoedas?
A tecnologia por trás das criptomoedas, o blockchain, é extremamente segura em termos de proteção contra fraudes. No entanto, a segurança do seu investimento depende de como você armazena suas criptomoedas e de suas práticas de proteção. Um dos maiores riscos é perder o acesso às suas moedas caso esqueça ou perca sua chave privada. Os principais riscos são:
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Liquidez: Algumas criptomoedas menos conhecidas podem ter baixa liquidez, dificultando a venda de ativos rapidamente sem afetar o preço de mercado.Aspirantes a investidores e interessados no mundo cripto são atraídos pelas criptomoedas e o alto potencial de valorização rápida, apesar dos riscos da alta voltailidade. Para se ter uma ideia, o Bitcoin, criptomoeda mais famosa, já valeu US$ 0,048 em 2010 e em 2024, atingiu a máxima histórica de US$ 75.830.
Volatilidade: O preço das criptomoedas pode variar drasticamente em um curto período. O Bitcoin, por exemplo, já teve flutuações de milhares de dólares em poucos dias. A oferta, a demanda e fatores como o halving do Bitcoin são responsáveis por essa volatilidade.
Fatores externos: Eventos macroeconômicos e políticos globais também podem impactar o valor das criptomoedas. A alta demanda, especialmente quando as criptomoedas ganham mais atenção, tende a aumentar os preços, enquanto incertezas políticas podem fazer o contrário.
Segurança digital: Hackers podem atacar exchanges e carteiras digitais online. Além disso, a perda da chave privada significa a perda de acesso aos seus ativos, sem chance de recuperação.
Falta de regulamentação: Embora a natureza descentralizada das criptomoedas seja uma vantagem, também significa que elas não são protegidas por regulamentações claras, o que pode causar incertezas para os investidores.
*Para o Finsiders Brasil
