Ramon Martinez/Neon | Imagem: divulgação
Ramon Martinez/Neon | Imagem: divulgação

A fintech Neon anunciou a contratação de Ramon Martinez como novo executivo responsável por Riscos (Chief Risk Officer, CRO). De acordo com a empresa, ele será responsável por conduzir a estratégia de riscos da companhia, com foco em crescimento sustentável, eficiência operacional e governança sólida.

Com mais de 20 anos de experiência em serviços financeiros e gestão de riscos, Ramon atuou por mais de cinco no Nubank. Lá ocupou diferentes posições de liderança, sendo a última como diretor senior de Crédito com Garantia. No BNP Paribas Personal Finance, foi CEO da operação na Argentina e Chief Risk Officer (CRO) no Brasil. No Citi, por sua vez, liderou o segmento de alta renda. Passou, ainda, pelo Banco Carrefour.

Em nota, o executivo disse que fortalecer a cultura de risco é essencial para apoiar a inovação e o crescimento sustentável. “Acredito que o risco bem gerido é o que permite ousar com responsabilidade e construir negócios duradouros”, afirmou Ramon, que tem mestrado em Finanças pela London Business School.

Conforme Fernando Miranda, CEO da Neon, a chegada do executivo reforça o compromisso da empresa com uma operação segura e orientada ao longo prazo. “O Ramon reúne uma combinação rara de experiência técnica e visão estratégica”, disse. “Sua trajetória o torna uma peça fundamental na evolução da nossa estrutura executiva, garantindo que o crescimento da Neon ocorra de forma sustentável, inovação e foco no cliente.”

Resultado

A contratação de Ramon ocorre num momento em que a Neon segue rumo ao crescimento sustentável. De acordo com as mais recentes demonstrações financeiras, nos últimos meses, a instituição apurou os “primeiros resultados positivos não recorrentes”. A fintech fundada por Pedro Conrade teve prejuízo líquido de R$ 35 milhões no primeiro semestre de 2025. O montante representa uma melhora de 87% em relação aos R$ 265,3 milhões de perdas em igual intervalo do ano passado.

Em julho deste ano, a Neon reforçou o capital com o fechamento da rodada Série E de R$ 720 milhões, que contou com a entrada de investidores globais como a IFC, braço financeiro do Banco Mundial, e a DEG, subsidiária do grupo alemão KfW. A captação de parte dos recursos já havia sido antecipada pelo Finsiders Brasil em setembro de 2024.