CRÉDITO

Concessões recuam 0,7% em novembro, mas crescem 14,7% em 12 meses

Juros do crédito ficaram praticamente estáveis em 21,7% a.a. em novembro, enquanto inadimplência teve ligeiro recuo

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Crédito | Imagem: Adobe Stock

As concessões nominais de crédito no Brasil atingiram R$ 609,3 bilhões em novembro. Isso representou uma queda de 0,7% no mês, com decréscimos de 0,6% e de 1,5% nos segmentos de empresas e de pessoas físicas, respectivamente. Nos doze meses acumulados até novembro, porém, as concessões nominais aumentaram 14,5%. Foram expansões de 16,4% nas operações com empresas e de 13,0% nas destinadas às famílias. Os dados são do Banco Central.

O estoque total de crédito com recursos livres para empresas cresceu 1,3% no mês e 9,3% em doze meses, alcançando R$ 1,5 trilhão. Já o das pessoas físicas somou R$ 2,1 trilhões em novembro, com incrementos de 1,1% no mês e de 11,0% em doze meses. No total, o saldo somou R$ 3,7 trilhões em novembro, com incrementos de 1,2% no mês e de 10,3% em relação ao ano anterior.

A alta dos empréstimos a empresas foi impulsionada, basicamente, pela evolução das carteiras de desconto de duplicatas e outros recebíveis. Essas linhas tiveram alta de 7,1%, e as de capital de giro com prazo inferior a 365 dias, alta de 6,6%. No caso das pessoas, o resultado foi impulsionado por cartão de crédito à vista, aquisição de veículos e crédito pessoal não consignado, com 2,0%, 1,5% e 1,2%. 

Custo do crédito

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de toda a carteira de crédito do SFN, situou-se em 21,7% a.a. em novembro. Isso representou uma estabilidade no mês e redução de 0,3 p.p. em 12 meses.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias alcançou 3,1% da carteira, com reduções de 0,1 p.p. no mês e de 0,3 p.p. em doze meses. Os índices, tanto às empresas quanto às famílias, mantiveram-se em 2,3% e 3,7%, respectivamente. Em doze meses, foram diminuições de 0,5 p.p. e de 0,1 p.p.

No crédito livre, a inadimplência recuou 0,1 p.p. no mês e 0,5 p.p. em doze meses, situando-se em 4,3% da carteira. A taxa de inadimplência da carteira livre destinada às pessoas jurídicas alcançou 2,8%, reduções de 0,1 p.p. no mês e de 0,8 p.p. em doze meses. Já nas operações às pessoas físicas manteve-se estável no mês, com recuo de 0,4 p.p. em relação a novembro de 2023.