No último dia 30/10, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou ofício especificando que o registro de recebíveis deve passar a ocorrer simultaneamente à formalização das operações. Na prática, o regulador pôs fim ao hábito do mercado de postergar o registro dos ativos incluídos em suas carteiras. Atualmente, a CRDC é a única registradora apta a operar no chamado “ciclo síncrono”, com registro imediato, e alerta aos gestores que o prazo de adequação à nova regra termina em 29/11.
A obrigatoriedade do registro imediato faz parte do pacote de mudanças trazido pela Resolução 175 da CVM. Ivan Lopes, CEO da CRDC, explica que o novo entendimento da comissão deve trazer transparência e segurança para o processo. “O registro no tempo da operação traz mais eficiência, já que permite a verificação de duplicidade antes de sua concretização. É mais um passo para garantir a unicidade dos títulos e segurança para os gestores”, diz.
Efí Bank vê crescimento de pagamento via Pix por aproximação e biometria
O Efí Bank participou de mais uma edição do RD Summit. Desta vez, abordou as principais tendências para o futuro dos meios de pagamento, destacando como a tecnologia está moldando a forma como realizamos transações. De acordo com Danilo Oliveira, diretor de marketing da instituição, “estamos em um momento em que o processo de pagamento está se tornando cada vez mais invisível e integrado à experiência de consumo”. A conveniência e a velocidade são agora fatores essenciais para o consumidor, que não avalia mais apenas o preço, mas busca praticidade e simplicidade na hora de pagar.
Durante a palestra, Danilo destacou que tecnologias como o pagamento por aproximação têm ganhado força globalmente e que o pagamento biométrico deve alcançar 1,2 trilhão de transações até 2027. “A era dos pagamentos embutidos é uma realidade, e a integração com plataformas que os consumidores já utilizam, como super apps, é uma tendência que vemos ganhar força”, explicou o executivo.
Sob Trump, regulação sobre IA deve perder força, diz fundador do Reglab
A vitória de Donald Trump deve trazer impactos importantes no panorama de políticas de Inteligência Artificial (IA) nos EUA. Sob Joe Biden, o Executivo americano propôs um arcabouço de governança responsável do uso de IA, atuando principalmente por orientações via ordem executiva. No novo governo Trump, a expectativa é de mudança significativa, segundo Pedro Henrique Ramos, fundador e diretor-executivo do centro de pesquisas Reglab, especializado em tecnologia e regulação.
“Trump já fez declarações contrárias ao modelo regulatório de Biden. Ele acha que esse é um modelo que pode acabar com a indústria de IA dos EUA e, nas palavras dele, fazer com que os EUA também percam a corrida de IA para a China”, diz Pedro Henrique. “Existe uma influência grande de alguns apoiadores da campanha de Trump – como o próprio Elon Musk –, que têm uma visão bastante libertária, no sentido de evitar ao máximo leis para o setor de tecnologia”.
A visão laissez-faire de Trump com IA, no entanto, não significa que o republicano não terá uma política para o setor de IA. “Estamos falando de incentivar as empresas a criarem mais, em uma postura muito competitiva com a China”, diz Pedro Henrique. “Ele deve adotar o discurso de que ‘não pode ter regulação, porque precisamos incentivar que nossas empresas cresçam livremente para competir com os chineses’.”
*Jornalista, sócio e CEO da Ovo Comunicação