RENDA FIXA

Educbank capta R$ 84 milhões em segunda debênture

A operação do Educbank foi estruturada com apoio da VBSO Advogados e da Travessia Securitizadora, e lastreada em mensalidades escolares

Caio Noronha/Educbank
Caio Noronha/Educbank | Imagem: divulgação

O Educbank captou R$ 84 milhões em sua segunda emissão de debêntures, elevando para R$ 154 milhões o total obtido em aproximadamente um ano. A estruturação teve apoio da VBSO Advogados e da Travessia Securitizadora. O lastro são mensalidades escolares. Desde que foi nasceu, em 2020, o Educbank já captou cerca de R$ 400 milhões.

Em nota, o Educbank informou que três dos principais investidores da emissão anterior renovaram suas alocações. Dois deles, inclusive, aumentaram os valores aplicados, resultando, assim, em um aumento de 20% no volume investido entre as duas operações.

Os recursos vão financiar o produto “receita garantida”, que assegura o recebimento das mensalidades pelas escolas, independentemente de atrasos dos responsáveis financeiros. Além de acesso a capital, a fintech oferece ferramentas para otimizar a gestão das instituições, incluindo funcionalidades de automação para envio de mensagens de vencimento de boletos e a implementação do “Plano de Rematrículas”, que auxilia as escolas na previsão de receitas.

Interesse crescente

O Educbank atende mais de 500 escolas, que juntas somam atualmente cerca de 160 mil alunos em todo o País. A empresa já transacionou R$ 1 bilhão em apoio financeiro às escolas. Desde a rodada Série A, em julho de 2022, diz ter aumentado o faturamento em mais de 700%.

“Há alguns anos, quando inauguramos este conceito de produtos financeiros para escolas, houve certa resistência e até um pouco de desconfiança do mercado, especialmente em razão da informalidade e da falta de organização no setor”, disse Caio Noronha, co-fundador e CEO do Educbank, em nota. “Passados diversos marcos e provações, a tese vem se comprovando como relevante e rentável, com interesse crescente pela nossa solução.”

A fintech nasceu para enfrentar desafios recorrentes no setor de educação, especialmente em relação à inadimplência e ao acesso a crédito. “Nenhum setor se estrutura sem acesso a capital, e com as escolas brasileiras não é diferente”, disse Danilo Costa, fundador do Educbank, apontando para a necessidade de um sistema financeiro que suporte o setor educacional sem interferir na autonomia das instituições.