A SL Tools, plataforma de infraestrutura tecnológica para o mercado financeiro, informou que recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar como mercado de balcão organizado para ativos de crédito privado. A fintech será a primeira a atuar nesse modelo desde 1986, quando a antiga Cetip entrou em operação. O movimento marca mais um capítulo do aumento da competição contra a gigante B3 em ativos não negociados em bolsa.
Com a nova licença, a SL Tools permitirá a negociação eletrônica de instrumentos como debêntures, Certificados de Recebíveis de Agronegócio (CRA) e Imobiliário (CRIs). A partir de julho, quando ocorrerá o lançamento oficial da plataforma, os investidores institucionais poderão negociar também papéis de renda fixa bancária, por exemplo, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Imobiliário (LCIs) e Letras Financeiras.
De acordo com a SL Tools, a negociação será feita de ponta a ponta em ambiente automatizado, com integração em tempo real com a clearing. “Negociamos ativos de renda fixa privada nos moldes da década de 1980. Mas, ao mesmo tempo, nossos investimentos estão disponíveis na palma da mão. Vamos resolver este gap, aumentando a eficiência das negociações e trazendo preços em tempo real com a nossa plataforma”, disse André Duvivier, CEO e cofundador da SL Tools, em nota.
A SL Tools já opera no mercado secundário de títulos públicos federais desde 2023, sendo uma das plataformas escolhidas pelos dealers do Tesouro Nacional. Em entrevista ao Finsiders Brasil, em janeiro daquele ano, André já traçava alguns dos planos da fintech.