A Celcoin acaba de lançar sua nova plataforma de antecipação de recebíveis, que promete ampliar as possibilidades de monetização de ecossistemas B2B com foco em empresas que desejam ofertar crédito de forma estruturada, sem burocracia e com a experiência digital no centro da operação.
Batizada de Plataforma de Antecipações, a nova solução permite que fintechs, marketplaces, empresas SaaS (sigla em inglês para software como serviço) e grandes varejistas ofereçam antecipação para fornecedores ou sellers (vendedores) dentro dos seus próprios canais, com a marca do cliente, modelo conhecido como white label. Por trás da operação, toda a infraestrutura regulatória, tecnológica e operacional é da própria Celcoin, que atua como uma espécie de base invisível para a engrenagem do crédito.
A jornada de antecipação é gerenciada de ponta a ponta. Vai desde a análise KYC (conheça seu cliente) e AML (anti-lavagem de dinheiro), passando pela elegibilidade, oferta, aceite e liquidação, até a cobrança e conciliação. Tudo com liquidação automática via Pix, TED ou boleto. “A gente entrega uma solução completa e flexível, que pode ser operada com funding próprio ou de terceiros, via plataforma ou API, e com total controle das regras de negócio”, afirma Carol D’Alessandro, diretora da Celcoin.
Antecipação de recebíveis com infraestrutura embutida
A proposta da Celcoin combina flexibilidade tecnológica e integração com os produtos de infraestrutura financeira que já podem ser utilizados por empresas e plataformas. Isso permite, por exemplo, que o valor antecipado fique disponível em contas digitais operadas via Banking as a Service (BaaS) pela própria Celcoin. Dessa forma, gera novas fontes de receita com o floating, assim como abre espaço para a oferta combinada com outros serviços, por exemplo, pagamento de contas e débitos veiculares.
A plataforma nasceu para atender diferentes perfis de operação. Em um marketplace, por exemplo, os sellers podem antecipar recebíveis diretamente da plataforma em que já vendem. Em um ERP ou sistema de gestão, é possível incorporar a antecipação ao fluxo do contas a receber ou do contas a pagar. Fintechs que já atuam com crédito encontram na solução uma forma rápida de testar novos produtos com tempo de lançamento reduzido.
Entre os modelos suportados estão desde a antecipação com pagamento único até linhas rotativas com base no histórico de vendas ou liquidação automática a partir de recebíveis futuros. Além disso, é possível operar com múltiplos financiadores, definindo individualmente regras, curvas de taxa e prazos para cada fonte de funding (fonte de financiamento).
Modelo claro de cessão de recebíveis
Apesar de permitir diferentes estratégias, a plataforma opera sob um modelo claro de cessão de recebíveis. Não há emissão de Cédula de Crédito Bancário (CCB). “Esse ponto é importante para o sacado, porque permite que ele ofereça crédito para a base sem assumir a operação como dívida no balanço. É uma forma de potencializar a cadeia sem onerar a estrutura financeira”, destaca Carol.
Por ser uma operação do tipo risco sacado, a análise de crédito é sobre o “sacado”, e não sobre o fornecedor ou cliente que vai receber a antecipação. Na prática, isso significa que o produto é mais atrativo para grandes empresas que tenham volume e recorrência de notas, criando previsibilidade para os financiadores. Ainda assim, a gestão de toda a operação ocorre em painéis distintos para cada perfil (sacado, cedente e financiador), com controle individualizado de movimentações, relatórios e parâmetros de negócio.
Segundo a Celcoin, a Plataforma de Antecipação já está disponível para clientes que operam com o BaaS da companhia. A contratação é por meio da plataforma white label ou integração via API. A expectativa da empresa é que a solução se torne uma porta de entrada para interessados em explorar produtos financeiros com agilidade e sem fricção.
“O crédito embutido é uma tendência que vai muito além da oferta direta ao consumidor final. Empresas que lidam com fornecedores, parceiros ou vendedores também querem gerar liquidez e fortalecer relações. E agora conseguem fazer isso sem precisar de uma estrutura própria de crédito”, resume Carol.