Grande sucesso de crítica e público, o Pix se transformou muito rapidamente no meio de pagamento preferido dos brasileiros. A adoção das transações com empresas, porém, demorou mais para decolar – mas decolou. Pelo menos, quando há empresas e pessoas envolvidas.
Segundo as estatísticas do Pix divulgadas na página do Banco Central (BC), em 31 de março os percentuais quase se igualaram. Foram 2,2 trilhões de transações entre pessoas (P2P), ou 50% do total; e 2,1 trilhões de transações entre pessoas e empresas (ou vice versa: P2B ou B2P). Neste último caso, estamos falando de 47% do total.
Segundo Renato Gomes, diretor do BC, o Pix reduziu a importância das redes de agências dos bancos e dos caixas eletrônicos, aumentando a competitividade e a inclusão financeira.
Em evento organizado pela associação de fintechs Zetta para debater os efeitos do Pix sobre a competitividade, Renato elencou as razões pelas quais o Pix foi tão bem sucedido – e em pouco tempo. Para ele, a infraestrutura pública fornecida pelo BC empresta credibilidade à iniciativa. Segundo Renato, a modalidade é ao mesmo tempo commodity, flexível e disponível.
“Além disso, chegou em um momento oportuno. Em meio à pandemia, digitalização não era uma opção, mas uma obrigação para se proteger”. O diretor do BC cita, ainda, o fato de o Pix permitir múltiplos usos, do P2P ao QR Code, até o ‘copia e cola’. “Para completar, a marca única entrega uniformidade na experiência do usuário. Pix é Pix em qualquer banco ou fintech”.
Claro que o diretor não esqueceu de citar o fato de o Pix ser gratuito. Sem desmerecer toda a competência técnica e tecnológica do BC, este realmente é um argumento imbatível.